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Comida

Ouro brasileiro

Por Amanda Nogueira

Ouro brasileiroFoto:

Só no restaurante da chef Ana Luiza Trajano, o Brasil a Gosto, são usados 80 litros de azeite todo mês. O Brasil ainda é 100% importador do produto, mas por pouco tempo. Na 6ª edição do Paladar – Cozinha do Brasil, a chef contou com o pesquisador Paulo de Abreu e Lima para falar sobre as produções de azeite em solo tupiniquim.

Um deles é o azeite de oliva de Maria da Fé, uma cidadezinha pequena ao sul de Minas Gerais, conhecida por ser a mais fria do estado. Luiz Fernando de Oliveira, doutorando em fitotecnia e responsável pelas pesquisas e desenvolvimento do azeite da região, marcou presença e falou com orgulho do produto que ainda não é comercializado, mas já conhecido por sua qualidade. “É preciso mostrar ao produtor que é possível ter um azeite de oliva comparado aos melhores do mundo, feito em solo brasileiro”, acredita Luiz.

Com a mesma empolgação, Ana Trajano trouxe um descobrimento, que dá nome à aula: o azeite extravirgem de Patauá da Amazônia. Desconhecido da maioria, ele é extraído artesanalmente de uma palmeira parente do açaí. “Na segunda guerra, com a importação dificultada, se investiu muito no patauá para ser o substituto do azeite de oliva no Brasil. É basicamente 90% igual à azeitona”, explica a chef.

A degustação dessas raridades contou com azeite de oliva extravirgem de Maria da Fé, azeite de patauá do Acre e de São Gabriel da Cachoeira (AM). “Não esperem um azeite de oliva, isso é patauá”, alertou Paulo. Mas quem esteve presente elogiou.

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Para celebrar essa diversidade, Ana preparou com azeite uma salada de pupunha, chuchu, manga verde e tomate cereja. A crocância do prato ficou por conta do queijo coalho ralado, temperado com sal e pimenta. Para quem quiser provar esse gostinho brasileiro, a salada é a entrada do menu Paladar – Cozinha do Brasil, que será servido até dia 8 de julho no Brasil a Gosto.

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