Há um ano exatamente você leu aqui no Paladar sobre a inauguração do Esquina Mocotó, restaurante de cozinha autoral de Rodrigo Oliveira, na Vila Medeiros. Trezentos e sessenta e cinco dias e diversos prêmios depois, você vê em primeira mão também os novos pratos do chef que faz o complexo parecer simples. Rodrigo está renovando 50% do menu. E, como prometido na abertura do restaurante, quem manda ali ainda é o produto – e o produtor.
O jiló de Julio Nakata, vizinho da Vila Sabrina, fresquíssimo, é servido como entrada com polvo. Derrete na boca, e nem amargor se nota, é doce. O minimaxixe de seu Ejiri em conserva acompanha uma carne de sol curada na casa e reinventada sob forma de tartare. O pato de Pierre Reichert vira uma incrível paçoca, com ovo caipira. Cada prato no Esquina tem nome e sobrenome.
“A analogia com um bebê é perfeita: o restaurante tem um ano. Está engatinhando, querendo começar a andar. Mas esse é o momento de estar mais perto, porque se cair o tombo é feio”, diz o chef, que agora conta passar 90% do tempo no recém-nascido Esquina e 10% no já quarentão Mocotó, ao lado.
Rico. Cabrito com feijão andu é um dos novos pratos da casa (R$ 39,90). FOTOS: JF Diório/Estadão
Textura. Cremoso, doce na medida o semifredo é feito com pera e limão (R$ 14,90)
De joelhos. É assim que se deve comer esta caldeirada caiçara para dois (R$ 89)
Cróque. Quando a gema quebra e molha essa paçoca de pato, não há tempo a perder. O suspiro de jiquitaia por cima reinventa tudo (R$ 21,90)
Franco-Medeiros. Parece steak tartare – e é, só que de carne de sol curada por três dias com picles de abóbora, maxixe, maionese e pão caseiros (R$ 21,90)
ONDE – Esquina Mocotó Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.104, V. Medeiros Tel.: 2949-7049