PUBLICIDADE

Colunas

EXCLUSIVO PARA ASSINANTES

Cerveja de meia-estação

Aproveite para provar as cervejas que esquentam

Enfim, esfriou. As noites estão frescas e os cachecóis saíram do armário. Com o começo do outono, vem o clima bom para provar cervejas que esquentam.

É hora de dar um tempo para IPAs e APAs refrescantes e se reencontrar com cervejas mais maltadas e com tons que vão do acobreado ao preto, vindos de maltes caramelizados ou tostados. Elas são caracterizadas pela presença mais marcante da doçura que vem do grão. E também por um corpo mais denso.

A presença maior de malte vai dar também em teor alcoólico mais alto. Mas, no frio, não precisa matar a sede com cerveja e fica mais fácil seguir o lema “beba menos, beba melhor”.

Para inspirar a mudança de estação no copo, pedi aos sommeliers e professores Ronaldo Rossi, que dá aulas na Academia Barbante e é dono da Cervejoteca, e Luis Celso Jr., professor no Instituto da Cerveja e autor do blog Bar do Celso, uma sugestão de estilo e um rótulo legal dentro desse estilo.

Doppelbock “É uma cerveja aconchegante, é quase um abraço”, diz Ronaldo Rossi. Ele explica que a doppelbock, da escola alemã, é alcoólica, cremosa e doce. Agora no começo do outono, ele resfria a cerveja – nas prateleiras lá embaixo na geladeira. “Mas no inverno mesmo, quando está frio, pego direto da prateleira”.

PUBLICIDADE

 Foto: Estadão

TUCHER BAJUVATOR Origem: Alemanha Preço: R$ 20 (500 ml) Avermelhada, mas bem escura, faz uma bela espuma, densa e com tom amarelado. Na boca, remete a castanhas, caramelo, especiarias e mel. Há outras duas excelentes doppelbocks nas lojas do Brasil, a Paulaner Salvator e a Ayinger Celebrator. E a sugestão de harmonização de Ronaldo Rossi é a cara dessa época: fondue (tanto de carne, quanto de queijo). “Quando o frio apertar mais, aí é hora de tomar Schneider-Weisse Aventinus Eisbock, que é sensacional”.

Wee heavy O estilo escocês de cerveja forte é a indicação de Luis Celso Jr. “Além de um maltado agradável e bom corpo, ela tem teor alcoólico de 7,2%, o que traz uma agradável sensação de aquecimento após o gole”. Mas ele faz uma ressalva: a escolha da cerveja tem muito a ver com o momento e com o humor de quem vai beber. “É como música: o que você quer ouvir agora?”

 Foto: Estadão

BODEBROWN WEE HEAVY Origem: Curitiba, Brasil Preço: R$ 25 (500 ml)  (preço corrigido às 12h20, do dia 21/5) “É a referência brasileira desse estilo”, diz Celso. É uma cerveja alcoólica, doce, com aroma de ameixa, banana passa e caramelo. Na boca, tem leve defumado, que faz quem bebe ficar com vontade de combiná-la com algo também defumado, como salmão. O Celso sugere um assado. “Carnes assadas em geral vão muito bem. Pode ser de boi ou um bom pernil de porco ou ainda carneiro”.

PUBLICIDADE

Brown ale Essa é a minha sugestão. A brown ale é a cara da meia estação. Não é tão alcoólica (varia entre 4% a 6%), nem é muito encorpada. Mas já traz a gama de cores, cheiros e gostos do outono. É marrom, como o nome diz, e tem notas de caramelo e castanhas. E para quem não aguenta ficar sem lúpulo, tem as american brown ale, que são a mesma coisa, mas com uma dose extra de aroma e amargor do lúpulo.

 Foto: Estadão

BROOKLYN BROWN ALE Origem: Nova York, EUA Preço: R$ 20 (355 ml) É uma versão americana. Combina os sabores do malte, como caramelo, chocolate e café, às notas do lúpulo, que aqui trazem traços terrosos, cítricos e sensação de frescor. Vai bem com bife grelhado, com a casca bem torrada e o interior suculento.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE