A história das panelas:
500 mil anos a.C. | Há milhares de anos, o homem pré-histórico descobriu o fogo. Então, alguém teve a perspicácia de assar um pedaço de caça e provar. Cozinhar era possível. O fogo tornava a caça mais palatável, mas havia um problema: onde acomodar os alimentos para levá-los ao fogo? Carnes não eram um problema, espeto nelas. Para os cereais, uma engenhosidade ancestral entra em ação e transforma carcaças de tartarugas e grandes moluscos em recipientes para ir ao fogo.
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20 mil anos a.C. | A história dos artefatos para cozinhar, só começa mesmo com o desenvolvimento da cerâmica. “O uso de vasos de cerâmica permitiu o cozimento em água fervente sobre o fogo”, escreveram Jean-Louis Flandrin e Massimo Montanari em História da Alimentação. Mas, embora potes e vasos de cerâmica, fizessem as vezes de panelas, as primeiras civilizações ainda preferiam a cocção direta.
3 mil anos a.C. | O protótipo das panelas de hoje começam a surgir com a descoberta do metal, na forma de caldeirões.
Século 15 | Depois de uma descoberta tão significativa, pouco se inovou. Uma cozinha medieval europeia, por exemplo, valia-se de um caldeirão de ferro, uma panela de barro e um assador em forma de lança, para assar pedaços de carne e animais inteiros.
Século 17 | Só no século 17 esse repertório se expande e o caldeirão ganha a companhia de frigideiras, chaleiras e panelas. Nos Estados Unidos, as panelas costumavam ser de ferro enquanto na Europa e Ásia, o cobre e o aço eram materiais mais usados.
Séculos 19 e 20 | Nos últimos séculos, inovações na metalurgia atingiriam em cheio a cozinha: aço inoxidável e alumínio tornaram a produção em escala de panelas economicamente viáveis.
Séculos 20 e 21 | Fabricantes investem no desenvolvimento de materiais: surgem o antiaderente, as panelas de ferro esmaltadas e as muitas combinações de metais que prometem melhorar a cocção e embelezar a cozinha.
ILUSTRAÇÕES: Daniel Almeida