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Sua dose diária de esporte olímpico brasileiro

Apesar de acidente com Lais, Brasil terá CT para esqui aéreo

Por Demetrio Vecchioli
Atualização:

Josi treinando em São Roque antes dos Jogos. Ao fundo, minha São Roque

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O acidente sofrido por Lais Souza no fim de janeiro, que a mantém no hospital, sem movimentos do pescoço para baixo desde então, não atrapalhou os planos da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN). A entidade, que pretendia ter Lais nos Jogos de Inverno de 2018, na Coreia do Sul, vai abrir, mesmo sem ela, o seu centro de treinamento em São Roque (SP) no próximo dia 17.

O CT vai ficar dentro do Ski Mountain Park, parque conhecido pelas suas pistas artificiais de esqui. Reinaugurado em 1998 (depois de ficar décadas fechado após dois anos aberto, nos anos 1960), o Ski desde então tem sido base dos esportes de neve no Brasil. Diversos campeonatos nacionais de snowboard, por exemplo, aconteceram lá, com neve artificial.

Agora o projeto é mais ousado. Foi montado um centro de treinamento com três rampas para a prática do esqui aéreo. O parque montou a estrutura civil, enquanto a CBDN comprou equipamentos como uma cama elástica, onde foi realizada a seletiva que apontou Lais e Josi Santos como escolhidas para tentar a vaga olímpica em Sochi. Importante: só as duas se inscreveram.

Foi lá também que começaram os treinamentos, utilizando um colchão inflável, considerado dos maiores do mundo, com 40m² de face (e uns 5m de altura, acho). Lais e Josi ensaiavam os saltos no kicker (só um dos três estavam prontos) e caiam sobre o colchão. A ideia da CBDN era que, depois de conquistarem a vaga para Sochi, elas continuassem treinando, por mais quatro anos, para ir aos Jogos de 2018 com expectativas melhores do que brigar pelo penúltimo lugar.

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"O Ski Mountain Park sempre foi grande parceiro das modalidades de neve. Nesse projeto, não foi diferente e o parque foi fundamental para viabilizar a construção de estrutura que abre novos horizontes para os esquiadores e snowboarders brasileiros. O Comitê Olímpico Brasileiro, através da Lei Piva, e o Ministério do Esporte também foram grandes apoiadores", elogia Stefano Arnhold, presidente da CBDN.

Ele explica: "Já sabemos que o Aerials será um dos principais focos pelas características 'de verão' que tem. É uma modalidade que se desenvolve majoritariamente longe da neve, com treinos ao longo do ano e que poderão ser realizados em parte em São Roque."

"Investir no desenvolvimento do CT, em parceria com a CBDN, nos motiva porque acreditamos no potencial dos atletas brasileiros nas modalidades. Toda essa estrutura foi feita com muita dedicação para que sejamos referência quando se fala em esportes de neve no Brasil", comenta Roque Silva, diretor do Ski.

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