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Felipão no Grêmio: a volta à casa

Bem, todos os colegas pensavam que dificilmente Felipão assinaria com o Grêmio. Esperavam que, depois do naufrágio, o homem tirasse um ano sabático, se reciclasse, talvez desse um pulinho na Alemanha para ver como se joga ali.

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Por Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Nada disso. Scolari não recuou do desafio e aceitou o convite de Fábio Koff para treinar o Grêmio. Acho que tem tudo para dar certo. Sim, porque Felipão e Grêmio, com perdão da redundância, têm tudo a ver, há uma grande afinidade entre ele e o clube.

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Talvez fizesse bem para Scolari dar uma parada. Acho que ele sabia disso. Por que aceitou? Ninguém sabe o que vai pela cabeça de um homem, mas aqui me arrisco a especular. Ele deve ter pensado que aceitando outro trabalho, praticamente sem intervalo, poderia provar a tese a que se agarrou como um náufrago à sua tábua: aquilo tudo na Copa foi um acidente, um apagão dos jogadores. E, portanto, ele não tem responsabilidade alguma em relação à catástrofe. O homem é aquilo que ele se convence ser, por mais fora da realidade que pareça.

E, se havia um caminho ideal para reforçar essa tese, não existe dúvida que Felipão o tomou.

Está em sua casa, pela terceira vez. E, em sua casa, a filosofia de futebol que adota e na qual acredita e jamais se afasta, não parecerá estranha a ninguém.

Homem certo no lugar certo, como se costuma dizer.

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