Relator reage rápido à sensualidade de Paris Hilton

Como estava escrito nas estrelas, o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) foi de uma presteza ímpar, e já suspendeu o anúncio da cerveja Devassa Bem Loura, do Grupo Schincariol, criada pela agência de propaganda Mood.

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Por Marili Ribeiro
Atualização:

A "sensualidade" da socialite americana Paris Hilton, garota-propaganda da peça, chocou a tal ponto o relator do processo que, ao contrário da habitual cautela no julgamento de casos similares, ele mandou suspender a propaganda. Conselheiros do Conar haviam me dito, na semana passada, que a entidade costuma ser cautelosa em questões como a de julgar "sensualidade em peças publicitárias", por se tratar de tema  naturalmente polêmico, e não caber ao Conar o papel de guardião da moral pública. Em trâmite normal, o processo demandaria de 15 a 30 dias para ser julgado, após a apresentação da defesa pelas partes atingidas (anunciante e agência).

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O pedido do relator do processo, que resultou na liminar que tira do ar a campanha, foi baseado em ação movida por um consumidor. Sua decisão fundamenta-se no fato de que os apelos à sensualidade não devem ser o principal conteúdo da mensagem. Engraçado, todo mundo estava achando que o anúncio queria mesmo era vender cerveja. Afinal, para que serve a propaganda?

 Em levantamento feito logo após a entrada das denúncias contra o Devassa no Conar, no fim da semana passada, a empresa especializada em monitoramento de mídias sociais, Direct Performance, registrou que, 80% das mensagens postadas nas mídias sociais como o Twitter, mencionavam o caso. E, melhor para a Devassa, de forma positiva para a empresa. Críticas mesmo, só à garota-propaganda Paris Hilton.

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