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Título mundial dos EUA não caiu do céu

Trabalho de Jerry Colangelo, presidente da USA Basketball, e do técnico Mike Krzyzewski é o segredo do sucesso norte-americano

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Desnecessário escrever sobre o resultado da final diante da Sérvia. Os Estados Unidos cumpriram o roteiro com perfeição - não podemos dizer o mesmo da Espanha - e foram campeões mundiais sem qualquer contratempo, com 33 pontos de diferença em média.

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O que se faz necessário comentar após o título norte-americano - o quarto ouro consecutivo nas principais competições (Olimpíada e Mundial) - é o trabalho de Jerry Colangelo, presidente da USA Basketball, e do técnico Mike Krzyzewski.

Os Estados Unidos não têm apenas os melhores jogadores que atuam na maior liga de basquete do mundo. Há um trabalho de análise minucioso que permite ao treinador direcionar esforços para extrair 100% da capacidade de cada atleta.

Quando perdeu jogadores importantes, como LeBron James, Carmelo Anthony e, por fim, Kevin Durant, que preferiram atuar apenas nos Jogos Olímpicos, Coach K tratou de moldar uma equipe jovem e atlética. Não à toa, o time norte-americano era o de menor média de idade da competição, apenas 24 anos.

Coach K não elaborou jogadas mirabolantes. Com um sistema simples, ele permitiu aos atléticos jogadores se destacarem em determinadas funções, que reunidas transformaram os Estados Unidos em uma equipe imbatível.

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A Espanha era a única em condições de bater de frente em um dia inspirado, mas os anfitriões pararam nas quartas de final, com uma derrota inesperada para a França. Vale lembras que os franceses jogaram o Mundial sem os seus dois principais jogadores, Tony Parker e Joaquim Noah, e ainda perderam Nando de Colo e Ian Mahinmi, lesionados.

Não bastasse todo o material humano à disposição, os norte-americanos não sofrem da soberba, um dos sete pecados capitais. Todos os adversários, até aqueles com poucas chances de cruzamento no Mundial, foram analisados pelos olheiros do USA Basketball.

Ou seja, não basta ter os melhores jogadores é necessário querem ser o melhor.

Os Estados Unidos são os melhores porque, além de muito talento à disposição da seleção, trabalham para isso. A lição de derrotas no passado - a sexta colocação no Mundial em 2002, em casa, foi uma delas -foram realmente aprendidas e o redirecionamento foi executado com perfeição.

Atualmente não há ninguém em condições de detê-los - são 63 vitórias consecutivas desde a derrota para a Grécia na semifinal do Mundial de 2006 - e, com o retorno dos principais astros, o ouro nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, é uma certeza.

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