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Seleção feminina vive o presente para ter um futuro melhor

Brasil inicia campanha no Mundial da Turquia neste sábado, diante da República Checa, mas mais importante do que o resultado é preparar o time para os Jogos do Rio, em 2016

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Atualização:

Com um grupo jovem, o quarto em média de idade da competição com 25 anos, o Brasil inicia sua caminhada no Mundial da Turquia diante da República Checa, neste sábado, às 15h15, em Ancara. A seleção brasileira comandada pelo técnico Luiz Augusto Zanon vive o presente com intensidade, almeja uma boa participação no torneio, mas o que temos de ter em mente é o futuro.

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Apesar de o otimismo das jogadores e do treinador ser enorme, não há expectativa de subir ao pódio. O grupo não pode ser cobrado se o desempenho for ruim. A rota não pode ser alterado em caso de eliminação prematura.

Desde o início o trabalho de Zanon foi no sentindo de renovar uma seleção que estava carente de novos talentos. O experiente treinador foi corajoso. Deu oportunidade para atletas que tinham pouco espaço até mesmo em suas equipes na LBF (Liga de Basquete Feminino).

A seleção brasileira, por enquanto, não está no patamar das melhores do mundo, mas, sim, há chance alcançar tal status nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Há talento, falta experiência internacional.

Não à toa, o Brasil terá nove estreantes em Mundiais em um grupo de 12 jogadoras. Não à toa, o Brasil terá apenas duas atletas com idade acima dos 30: Adrianinha (35) e Érika (32). Não à toa, sete delas têm 23 anos ou menos.

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O Mundial da Turquia é uma etapa na evolução do time. A cobrança não pode ser imediatista. O desejo geral é para que o projeto, mesmo que seja para o longo prazo, possa dar resultado, mas sem pressão.

Neste sentindo, o jogo de estreia é fundamental.

A vitória coloca o Brasil em uma boa condição no Grupo A, que conta ainda com Espanha e Japão. O provável adversário da primeira fase eliminatória, claro, pode significar uma chance de avançar pelo menos às quartas de final. O primeiro se classifica diretamente, enquanto o segundo e terceiro colocados enfrentam o terceiro e o segundo do Grupo B, respectivamente. A chave do cruzamento tem França, Turquia, Canadá e Moçambique.

De qualquer forma, o jogo deste sábado será muito complicado. A República Checa não é imbatível, mas também não é nenhum moleza.

Vice-campeãs mundiais em 2010, em casa, Veronika Bortelova e Hana Horakova já não estão mais na seleção. As estrelas são outras, como Eva Viteckova e Jana Vesela. Atenção também com Michaela Stejskalova, além de Tereza Vyoralova e Alena Hanusova.

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Nos amistosos de preparação, as checas derrotaram Moçambique (duas vezes) com facilidade, passaram pelo Canadá, derrotaram a Sérvia, mas perderam para as sérvias logo depois e foram batidas pelos Estados Unidos por 76 a 41, na terça, pouco antes do embarque para Ancara.

Todos estão atentos ao presente da seleção feminina, mas o que está em jogo mesmo é o futuro.

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