A participação da seleção brasileira no Campeonato Sul-Americano da Venezuela foi um tanto quanto frustrante.
A terceira colocação rendeu vaga no Pan-Americano de Toronto e no Torneio Pré-Olímpico, os jogadores e o técnico José Neto disseram que o objetivo foi alcançado, mas o desempenho ficou muito longe do que era esperado.
Apesar de ir com uma equipe B, o Brasil podia e deveria ter jogado mais. A equipe não conseguiu apresentar nada (ou quase nada) positivo nos três principais jogos da competição. Os jogos contra Paraguai e Equador não são parâmetro.
A seleção brasileira perdeu para a Argentina (decisão do primeiro lugar do grupo) e Venezuela (semifinal) em jogos que estavam em suas mãos e sofreu para passar pelo Uruguai na decisão do terceiro lugar, quando teve uma pane no início do último quarto e quase saiu derrotado.
Mais do que os resultados, o desempenho foi desapontador.
A falta de criatividade, de leitura de jogo (dos jogadores e da comissão técnica) e até de movimentação em quadra foi gritante.
A seleção se mostrou desconectada em muitos momentos das partidas, definindo jogadas a esmo, optando, quase sempre, por arremessos de três em que era preciso torcer para a bola cair. Obviamente, não acontecia. O aproveitamento foi muito ruim, principalmente nos três jogos mais importantes.
A defesa também não funcionou, não conseguiu ser agressiva quando necessário. A marcação pressão foi outro ponto falho.
Sem o coletivo funcionar, o individual, claro, foi o caminho. Neste sentido, destaque para o armador Rafael Luz. O desempenho do pivô Rafael Hettsheimeir também foi notado. Raulzinho se colocou como decepção.
Rafael Luz, com certeza, deveria ficar com um lugar no grupo de 12 para o Mundial. A outra vaga - o técnico Rubén Magnano trabalha com dez jogadores desde o dia 21 de julho - está em aberto. O desempenho do time no Sul-Americano não ajudou muito nesta decisão.