Ele fotografara uma tribo isolada, que vira pela primeira vez um helicóptero, e sua foto era capa dos principais jornais do mundo.
Precisava vir para São Paulo. Precisava de uma agência que o representasse.
O cara se hospedou na minha casa e conheceu o grande e saudoso João Bittar, com quem se associou.
Foi para o ESTADÃO e depois FOLHA, em que eu trabalhava.
Viramos uma dupla: eu repórter, ele fotógrafo.
Fizemos pautas pelo Brasil e nos EUA.
Morou na minha casa 3 anos, que virou uma espécie de consulado paraense em SP.
Se casou com minha amiga de escola, Cacau.
Hoje ele lança OS ZO'É VINTE ANOS DEPOIS
Com imagens de encontros com tribo isolada da Amazônia no começo, 1989, e agora, em 2009, na região dos rios Cuminapanema, Erepecuru e Urucuriana, no Pará.
Passou meses agora, na Frente de Proteção Etnoambiental Cuminapanema, mantida pela Funai, para a preservação e isolamento da Terra Indígena Zo'é.
A boa notícia é quem, se antes, estavam doentes, com febre, devido a um contato com missionários que perambulam pela Amazônia para catequizar índios isolados [tema abordado por BABENCO em 1991 no filme BRINCANDO NOS CAMPOS DO SENHOR], agora são amparados pela Funai, que mantém uma estrutura boa de apoio e os nativos isolados.
No livro tem também um ensaio da antropóloga Dominique Tilkian Gallois, das maiores estudiosas sobre os usos e costumes de várias etnias da região e, especialmente, dos Zo'é; e uma apresentação de Márcio Meira, presidente da Funai no período da segunda viagem do fotógrafo.
Lançamento hoje às 19:00
Tijuana / Galeria Vermelho - R. Minas Gerais, 350 - Higienópolis
1989
2009