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Pesquisa mostra que rejeição a Dilma já chega a 43% no Sudeste e no Centro-Oeste

Menor rejeição da presidente está no Nordeste, com 23%

Por Marcelo de Moraes
Atualização:

Duas regiões do País estão puxando para cima o elevado índice de rejeição da presidente Dilma Rousseff. Segundo pesquisa feita pelo Datafolha, Sudeste e Centro-Oeste pesam decisivamente para aumentar o número de pessoas que não estão dispostas a votar em hipótese alguma na candidata petista. se a rejeição total de Dilma indicada pelo Datafolha é de 35%, quando é levada em conta a opinião apenas dos entrevistados do Sudeste e do Centro-Oeste, esse total salta para 43%. Levantamento feito pelo mesmo instituto no início de julho mostrava uma rejeição total de 32% para Dilma, sendo 40% no Sudeste e 35% no Centro-Oeste. Ou seja, sua rejeição subiu três pontos porcentuais nacionalmente, três pontos no Sudeste e oito pontos no Centro-Oeste nesse pequeno período de tempo. Apesar da rejeição muito elevada da presidente, ela segue liderando com boa vantagem a corrida presidencial, segundo a pesquisa do instituto, com 36%, contra 20% do tucano Aécio Neves e 8% de Eduardo Campos (PSB). O problema é que a rejeição elevada é considerado um indicador perigosíssimo, já que sinaliza um eleitor que rechaça a candidatura. A presidente tem hoje mais que o dobro da rejeição do seu principal adversário, Aécio Neves. Ela tem 35% e o tucano está com 17%. Campos tem rejeição menor ainda, com 12%. E Dilma só não vai pior nesse quesito porque o eleitor nordestino segue sendo um partidário fiel dos candidatos presidenciais do PT, como ocorreu nas vitórias de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002 e 2006, e da própria Dilma, em 2010. Assim, a rejeição à presidente entre o eleitorado nordestino ajuda a puxar sua média para baixo, com 23%. E mesmo entre esse eleitor fiel, Dilma piorou seu desempenho, já que esse indicador era de apenas 19% no início do mês. O maior problema, nesse fator, é que a região Sudeste concentra hoje cerca de 41% do total do eleitorado brasileiro. Dessa forma, a presidente precisará focar boa parte de sua campanha para reverter essa opinião dos eleitores da região sob pena de comprometer sua candidatura pela reeleição.

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