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Uma geléia geral a partir do cinema

Cinema para os ouvidos

Por Luiz Carlos Merten
Atualização:

Emendando uma coisa na outra, não tive tempo de postar sobre Planeta dos Macacos - O Confronto, que vi ontem pela manhã, na cabine. O filme estreia quinta, dia 17, nos EUA, e 24, no Brasil. Matt Reeves, de Cloverfield, dá prosseguimento à história de César. A peste símia se espalhou pelo mundo, milhões, bilhões de pessoas morreram. Em São Francisco, os macacos, liderados por César, criaram uma nova sociedade nas florestas próximas a São Francisco, para onde se retiraram. E agora ocorre o confronto, com os humanos que restaram, e vivem numa unidade de quarentena, em condições primitivas. A energia está acabando, é o colapso. De ambos os lados, César e Malcolm, encontramos seres de boa vontade, de família. Mas, de ambos os lados, entre os humanos como entre os macacos, existe quem aposte no e até deseje o confronto. Kobe chega a transgredir o mandamento inicial da nova religião - macaco não mata macaco. Tenta matar César, e ainda joga a culpa nos humanos. O começo é eletrizante - uma preparação de filme de guerra, parece que será o confronto com os humanos mas é outra coisa, finda a qual, aí sim, ocorre o reencontro traumático. Gostei. De novo o motion capture permite a Andy Serkis, o ator para as novas tec nologias e o século 21, criar um César nuançado e trágico no seu dilaceramento interior. A surpresa, para mim, foi Jason Clark, um coadjuvante que segura bem seu papel estelar, de Malcolm. Mas eu confesso que o que me deixou chapado foi a trilha de Michael Giacchino. O compositor tem estado associado a JJ Abrams em séries, filmes e videogames. Bebendo na fonte original de Jerry Goldsmith, que criou a trilha para o filme de Franklin J. Schaffner, de 1968, ele compôs uma partitura sinfônica que me deixou realmente impactado. Puta trilha. Escrevi um texto para o portal do Estado ontem mesmo. Não vou me repetir, mas prometo, para daqui a pouco, outro post. Quem é o arquiteto da cena final do filme cultuado de Schaffner? A Estátua da Liberdade? Em sua edição de julho, a revista Empire lista os 301 maiores filmes de todos os tempos. O Planeta dos Macacos, o original, é o número 206. E a revista conta tudo. O escritor Pierre Boulle, autor do livro, detestava o final. Preferia o do livro dele, que Tim Burton adotou naquele remake horroroso. Aliás, no portal, rememorando a série, ignorei o remake. Esqueci-me. Mas, também, ruim daquele jeito... Volto daqui a pouco.

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