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Rosberg explica seu sucesso

07/V/10

Por liviooricchio
Atualização:

Livio Oricchio, de Barcelona 

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 O GP é o da Espanha, o ídolo local é Fernando Alonso, da Ferrari, a McLaren lidera o Mundial de Pilotos com Jenson Button, mas quem chamou mais a atenção da imprensa internacional, ontem no Circuito da Catalunha, em Barcelona, foram Nico Rosberg e Michael Schumacher. O motivo é simples: Rosberg, de 24 anos, é a sensação do campeonato, vice-líder, e sua equipe e de Schumacher, a Mercedes, radicalizou nas mudanças do carro a fim de reduzir a diferença que a separa de Red Bull, McLaren e Ferrari.

 Os treinos livres da quinta etapa do campeonato, hoje a partir das 5 horas (horário de Brasília), vão dizer se o grupo de técnicos coordenado por Ross Brawn realizou o trabalho que Rosberg e Schumacher esperam. "Acredito que vamos avançar bastante. Estive na fábrica e me impressionei com o que me mostraram. Não sei, no entanto, se já poderemos lutar pelas vitórias; dependerá do que os outros fizeram também", disse Rosberg. Todas os times têm importantes novidades nos carros. A Mercedes soma 60 pontos, é a quarta colocada entre os construtores, enquanto a McLaren está em primeiro, com 109, seguida da Ferrari, 90, e Red Bull, 73.

Não faltaram perguntas para Rosberg explicar as razões de ter somado 50 pontos e Schumacher, apenas 10. "Estou contente com minha classificação. Nosso carro ainda não é vencedor, mas consegui tirar o máximo dele em todas as situações, por isso estou onde estou." Literalmente pediu para não subestimarem Schumacher. "A corrida da China foi completamente anormal", falou. Em Xangai, Schumacher acabou ultrapassado pela maioria dos pilotos. "Na Malásia (etapa anterior à da China), eu e Michael tivemos já o mesmo desempenho", explicou.

O modelo W01 da Mercedes não tem mais a tomada de ar sobre o capacete do pilotos, como todos os demais. Brawn criou duas entradas nas laterais da tomada de ar, dando outra configuração ao projeto. Curiosamente não adotou o sistema de duto de ar da McLaren, capaz de oferecer maior velocidade nas retas, como a Ferrari, por exemplo, estreia hoje no seu F60, com Alonso e Felipe Massa.

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Schumacher falou primeiro da nova versão do W01 e depois de si próprio. "Temos uma maior distância entre-eixos (monoposto mais longo) e alterações aerodinâmicas. Mas não é um novo carro." O alemão não deseja que as pessoas pensem que agora vai voltar a disputar as primeiras colocações. "Não fui bem na China, verdade, tenho dificuldades, ainda, com esses pneus, distintos dos que estava acostumado", reconheceu.

E lembrou: "Gostaria de dizer que estou fatisfeito com o meu progresso. Não esperava chegar aqui e deixar todo mundo para trás, não esperava dar sequência ao que realizava na Ferrari, isso é um processo." Mais tarde, Rosberg, no paddock, comentou ser equivocada a ideia de que a Mercedes mudou o W01 para atender Schumacher. "Eu também sofro com a crônica derrapagem da frente. As alterações serão boas para nós dois, não apenas ele." O treino que definirá o importante grid do GP da Espanha, diante das grandes dificuldades de se ultrapassar nos 4.655 metros do circuito, poderão responder quem foi mais favorecido.

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