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Piquet compra equipe na Fórmula 1

2/VIII/09 Livio Oricchio, de Nice

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Por Redação
Atualização:

Nelson Piquet, três vezes campeão do mundo, se tornará um dos donos da equipe BMW, em 2010, junto do suíço Peter Sauber - proprietário hoje de cerca de 20% da organização. Assim, o futuro de Nelsinho Piquet estará praticamente garantido na Fórmula 1. O piloto já não disputa o GP da Europa, no dia 23, em Valência, pela Renault, mas no ano que vem sua vaga estaria assegurada no Mundial.

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Quando escreveu no twitter que poderia "quem sabe correr no seu próprio time", há dois dias, e depois disse que estava "brincando", na realidade Nelsinho falou a verdade. Nelson, seu pai, tenta dar sequência ao que sempre fez com o filho: competir em sua escuderia. Foi assim no kart, na Fórmula 3, na GP2 - Nelsinho sempre obteve sucesso - e provavelmente será agora também na Fórmula 1.

Hoje a Renault deve anunciar que Nelsinho será substituído pelo francês Romain Grosjean no restante da temporada. E está previsto, também, um comunicado da parte de Nelson Piquet, pai e filho. Pode até ser que Nelson informe o eventual acordo ou pelo menos a negociação com Peter Sauber e a BMW. As conversas estão avançadas, bem perto de um desfecho. Já foi feito até um acerto com a Ferrari, que volta a ceder seu motor para a equipe de Peter Sauber, o que ocorreu de 1997 a 2005, mas com o nome Petronas, companhia de Petróleo da Malásia, investidora do time há 12 anos. Ao que parece, permanecerá como patrocinadora, podendo até mesmo fazer parte da sociedade.

O nome da escuderia que tem sede em Hinwil, Suíça, ainda está indefinido porque não se chegou a esse estágio no negócio. O nome Sauber já existe (BMW-Sauber), mas com o anúncio, na semana passada, da saída da BMW da Fórmula 1, o nome Piquet deverá também aparecer - talvez Sauber-Piquet.

Em tudo se confirmando, como todas as indicações sugerem, o Brasil volta a possuir uma equipe na Fórmula 1. Primeiro foram os irmãos Fittipaldi, que tiveram a coragem de produzir um carro no Brasil. Os irmãos Fittipaldi competiram no Mundial de 1975 a 1982. Outro a ter equipe na competição foi Pedro Paulo Diniz, que se tornou sócio da Prost Grand Prix, em 2001, temporada em que o time encerrou suas atividades.

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Agora, 27 anos depois, o País deverá voltar a ser representado na Fórmula 1 com um time, tendo Nelson Piquet como sócio e seu filho como piloto. Há um consenso na F-1 de que o problema de Nelsinho foi a falta de maturidade para conviver com um diretor implacável com seus pilotos, Flavio Briatore, e compartilhar a escuderia com um superpiloto, Fernando Alonso, novidade em sua carreira.

Se a Sauber-Piquet-Ferrari alinhar no GP da Austrália, em 2010, Nelsinho tem nova chance de mostrar seu talento, até agora não visto na F-1. Nos próximos dias haverá a definição do negócio, desde já visto com bons olhos por Bernie Ecclestone, promotor do Mundial.

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