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Finalmente chegou a vez de Hamilton, sétimo a vencer

10/VI/12 Livio Oricchio, de Nice

Por liviooricchio
Atualização:

Como o estoque de adjetivos, nos mais distintos idiomas, para elogiar a 63.ª temporada da história da Fórmula 1 está se esgotando, talvez o melhor recurso para expor as fortes emoções do campeonato seja quase apenas retratar os fatos. Por si sós são capazes de mostrar o espetáculo grandioso. A ultrapassagem de Lewis Hamilton, da McLaren, sobre Fernando Alonso, da Ferrari, a sete voltas da bandeirada, ontem, no disputado GP do Canadá, por exemplo, permitiu ao combativo jovem inglês tornar-se o sétimo piloto diferente a vencer nas sete etapas realizadas.

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"Aproveitei cada segundo da minha corrida. Meu ritmo quando compreendi que Alonso faria uma parada só foi no limite máximo do carro", disse Hamilton, feliz como nunca este ano. A McLaren optou por duas paradas. "E é incrível como a disputa está competitiva. Somei 25 pontos e minha vantagem sobre Fernando é de apenas dois pontos", completou. A conquista no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, deu ao piloto mais combativo do ano até agora, ao lado de Alonso, a liderança do Mundial, com 88 pontos, diante de 86 do espanhol da Ferrari que, sem pneus nas sete últimas voltas, caiu do primeiro para o quinto lugar.

Ao contrário do ano passado, em que Hamilton não lembrou em nada o excepcional piloto que é, agora marcou pontos nas sete provas realizadas. "Ficará com o título quem for mais consistente", afirmou, ontem, demostrando enorme maturidade o campeão do mundo de 2008. Enquanto em 2011 perdeu a concorrência para o companheiro de McLaren, Jenson Button, este ano Hamilton se impõe de forma inequívoca. Button ontem esteve irreconhecível ao terminar em 16.º e soma 45 pontos, oitavo apenas na classificação.

"O mais incrível é que só compreendi ser possível vencer depois de ver, nas primeiras voltas, que meu ritmo era o mesmo de Sebastian (Sebastian Vettel, da Red Bull, pole position) e Fernando. A partir desse momento pensei comigo que teria chance", explicou Hamilton, segundo no grid. Vettel precisou fazer uma segunda parada para a troca dos pneus, a sete voltas do fim, e acabou em quarto. É o terceiro no Mundial, com 85 pontos. Com o sétimo lugar ontem, o vencedor da etapa anterior, Mark Webber, da Red Bull, chega a 79 pontos. A temporada apresenta quatro pilotos, de três equipes distintas, separados por 9 pontos, depois de sete provas. A próxima é nas ruas de Valência, na Espanha, dia 24.

Dois outros jovens completaram o pódio do GP do Canadá, ambos largando lá de trás do grid, para se ter a dimensão do andamento da disputa. O veloz francês Romain Grosjean, da Lotus, desta vez não se envolveu em acidentes na largada e, com sua garra, obteve brilhante segunda colocação. "Eu ainda preciso entender melhor o que aconteceu. Foi tudo muito rápido no fim. Sabia que o calor iria nos favorecer. E nossa estratégia de um pit stop apenas ajudou." Já no GP de Bahrein havia sido terceiro. Seu parceiro, Kimi Raikkonen, terminou em oitavo.

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Mais uma vez o suíço Peter Sauber se emocinou ao ver Sergio Perez no pódio, desta vez em terceiro. Na Malásia recebeu o troféu do segundo lugar. "Meus pneus não se degradavam, incrível", falou, em festa, o mexicano. Com os pneus macios fez 41 voltas enquanto com os supermacios as demais 29. "Um pit stop apenas foi suficiente." Com um ritmo forte avançou de 15.º do grid à excelente terceira colocação. "Estou contente porque finalmente pudemos desfrutar no nosso potencial. Tivemos muito azar nas provas de Barcelona e Mônaco."

Os estudantes bem que tentaram bloquear o estação de metrô Berri-Uqam, a de acesso ao circuito, a fim de impedir a chegada dos torcedores. A polícia interveio, alguns foram detidos e o evento transcorreu normalmente. Os estudantes protestam contra o aumento da anuidade nas universidades.

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