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Enfim, um desempenho convincente dos brasileiros

08/VII/12 Livio Oricchio, de Silverstone

Por liviooricchio
Atualização:

Felipe Massa, da Ferrari, e Bruno Senna, Williams, precisavam de um resultado como o de ontem no GP da Grã-Bretanha. Na realidade, de uma prova com o desempenho demostrado em Silverstone: convincente. Massa largou em quinto e recebeu a bandeirada em quarto, enquanto Bruno começou a corrida em 13.º e terminou em nono. Velozes, combativos, e precisos. Foi o melhor resultado de Massa desde o GP da Coreia do Sul de 2010, quando chegou ao pódio, em terceiro.

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A velocidade de Massa desde o GP de Mônaco, ainda que não tenha obtido os resultados que poderia em Montreal (10.º) e Valência (16.º), o relançou na Fórmula 1. Essa mudança significativa o aproxima de receber um contrato na própria Ferrari para disputar a temporada de 2013. Ontem, comentou sobre o bom quarto lugar, com tempos de volta sempre muito semelhantes aos de Fernando Alonso, seu companheiro e líder, praticamente, da bandeirada à 47.ª volta: "Tive uma bela luta com o Michael Schumacher (pelo terceiro lugar). O Sebastian Vettel, a quem passei na largada, viu que Michael me segurava e antecipou seu pit stop (parou na 10.ª volta)".

A estratégia da Red Bull deu certo. Quando Massa e Schumacher deixaram os boxes depois de suas paradas (14.ª e 12.ª voltas), saíram atrás de Vettel, o que lhe garantiu, no fim, o terceiro lugar no pódio. "Estamos no caminho certo, o meu pódio está perto, agora", afirmou Massa. Nas voltas finais, ontem, precisou se defender do ataque de Kimi Raikkonen, da Lotus. "Eles são muito fortes com pneus usados", lembrou Massa. O finlandês passou apenas 795 milésimos depois de Massa na linha de chegada.

A evolução do modelo F2012 da Ferrari e a nova filosofia de acertá-lo, usada pela primeira vez em Mônaco, são as razões de voltar a ser rápido, comentou. A próxima etapa será no circuito onde, em 2010, permitiu Alonso ultrapassá-lo, perdendo, com isso, parte importante de sua torcida.

A largada de Bruno Senna foi normal. "Mas depois passei um monte de carros", contou, feliz com a repercussão na Williams de seu bom trabalho, em especial porque seu companheiro, Pastor Maldonado, envolveu-se em outro acidente, desta vez com Sergio Perez, da Sauber, e acabou advertido e multado. "Essa corrida provou que se conseguir largar mais na frente os resultados vão ser bem melhores do que estamos obtendo. Nosso ritmo é o mesmo dos primeiros", disse Bruno que pela quinta vez marcou pontos (2) este ano.

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A respeito de suas dificuldades para ser veloz na volta lançada no treino de classificação, que tanto tem comprometido melhores colocações nas corridas, comentou: "Se eu soubesse em detalhes juro que eu estudaria todas as formas de resolver". Segundo explicou, está relacionado ao correto aproveitamento dos pneus: "Os pneus que a Pirelli fez este ano são mais sensíveis às variações de temperatura. Para mim é mais difícil utilizá-los que o Pastor Maldonado". Em Silverstone, o venezuelano largou em 7.º e Bruno em 13.º por essa razão, essencialmente.

Bruno lembrou que não conhecia o novo traçado de Silverstone, inaugurado em 2011, quando era ainda piloto de testes da Renault, hoje Lotus. Sua batalha com Nico Hulkenberg, da Force India, e Jenson Button, McLaren, pelo nono lugar, foi emocionante. "O Nico estava com os pneus desgastados e consegui ultrapassá-lo depois de muita luta. E tive de me defender do Button, que chegava rápido." A bela prova o enche de confiança para o GP da Alemanha, dia 22. Para garantir novo contrato na Williams precisa repetir desempenhos como o de ontem, mas largando um pouco mais à frente no grid, abrindo a perspectiva de pensar num pódio.

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