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YouTube só ganhou US$ 10 mil com streamings pagos

Por Rafael Cabral
Atualização:

No mês passado, o YouTube estreou um serviço de streamings pagos, iniciado com a venda de cinco filmes independentes exibidos no festival de Sundance (U$3, 99 cada, por até 48 horas). O plano do Google, como anunciamos aqui, era testar um modelo de negócios que poderia se ampliar com a adesão de grandes estúdios. O exemplo vinha da megalocadora norte-americana Netflix, que já tem cerca de seis milhões de clientes assistindo filmes online.

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Ao que parece, no entanto, os vídeos independentes não foram exatamente um sucesso. Mesmo com a ajuda do quarto site mais acessado do mundo, eles somaram um faturamento de pouco mais de U$10 mil , segundo o New York Times, sendo vistos por 2864 pessoas. Não é tão pouco para a maioria dos sites, mas é insignificante para a quarta página mais visitada do mundo.

É compreensível que os cinco filmes de arte, obscuros, tenham recebido uma recepção fria, mas era de se esperar que eles ganhassem força com a chancela do YouTube. A tendência agora é que as negociações que a empresa vinha mantendo com grandes estúdios de Hollywood esfriem um pouco, mas não é provável que eles desistam de vez da ideia – que faz parte de uma estratégia maior, de capitalizar o site. Apesar de tudo, o porta-voz do YouTube Chris Dale afirmou que o lucro “excedeu as expectativas” e deu a entender que o site seguirá firme com a ideia.

Com a expansão da banda larga, os vídeos em streaming devem ganhar força e, por enquanto, poucas empresas oferecem o serviço. A Netflix já tem 20% da sua base convertida para o digital, e aqui no Brasil a Netmovies está tentando fazer algo semelhante, mas são exemplos isolados.

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