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Xiaomi se prepara para lançar celulares na África

Quarta maior fabricante do mundo, chinesa quer explorar África do Sul e outros países do continente

Por Redação Link
Atualização:

Reuters

 

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Depois de lançar seus produtos na China e no Brasil, a fabricante chinesa Xiaomi se prepara para explorar a África. A informação foi divulgada pelo vice-presidente de operações internacionais da companhia, Hugo Barra, em entrevista ao jornal americano The New York Times. “Estamos focados na preparação para entrada em alguns novos mercados”, disse o executivo brasileiro sobre os planos de expansão da companhia.

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A Xiaomi é, atualmente, a quarta maior fabricante de smartphones do mundo e está prestes a roubar a terceira posição da também chinesa Lenovo – que se beneficia da popularidade da marca Motorola em países emergentes, como o Brasil. De acordo com dados do terceiro trimestre da consultoria Gartner, a Xiaomi detém 4,9% das vendas desses aparelhos em todo o mundo. Ainda há um longo caminho, porém, para competir com a líder de mercado, a Samsung. A sul-coreana possui uma fatia de 23,7% do mercado global, que superou 350 milhões de unidades vendidas no último trimestre.

A escolha da África como próximo alvo da Xiaomi tem motivo: a empresa enxerga o potencial da região que, após sofrer com a falta de infraestrutura de telefonia e banda larga fixa, passou por uma revolução com o avanço da telefonia celular. “A África está apenas começando a fazer a migração para smartphones. Do mercado atual, cerca de 60% dos smartphones estão na África do Sul”, disse o executivo ao jornal.

A estratégia da fabricante chinesa é de se posicionar no mercado intermediário de smartphones, em que pode oferecer aparelhos com configurações avançadas, mas com preço inferior aos modelos mais avançados de marcas como Apple e Samsung. “A oportunidade para a Xiaomi na África é enorme. Vamos oferecer smartphones de alta qualidade com processadores rápidos, telas grandes e bateria de longa duração para permitir o uso de aplicativos móveis por preços baixos e com pós-venda confiável”, diz Barra.

Índia e Brasil. Durante a entrevista, o executivo também comentou o desempenho da fabricante na Índia e no Brasil. Segundo Barra, a Xiaomi vendeu mais de 3 milhões de dispositivos na Índia entre julho de 2014 e julho de 2015. “Estamos registrando um crescimento de 45%, a cada trimestre, em média, na Índia”, diz o executivo.

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Sobre o Brasil, o executivo não revelou números de vendas de aparelhos, mas comentou o desempenho. “A reação do mercado tem sido acima das expectativas”, disse. Em dezembro, a chinesa passou a vender seus produtos também em sites de e-commerce no País.

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