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Vivo se alia a PayPal por recarga remota

Com comodidade do sistema USSD, a operadora espera que clientes pré-pagos façam mais recargas

Por Agências
Atualização:

Com comodidade do sistema USSD, a operadora espera que clientes pré-pagos façam mais recargas

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SÃO PAULO – A Telefônica Vivo espera reduzir os custos com as recargas de telefone celular, cujo volume mensal de operações ultrapassa 50 milhões, a partir de uma parceria com a multinacional de pagamentos PayPal. Os clientes da Vivo poderão realizar o envio e o recebimento de pagamentos por meio de seus aparelhos celulares, assim como efetuar a recarga dos dispositivos no próprio telefone. “É um novo meio de pagamento para facilitar a recarga”, afirmou o diretor-geral da operadora, Paulo Cesar Teixeira, em entrevista a jornalistas. O executivo evitou, porém, divulgar metas de crescimento deste serviço dentro do negócio de dados da companhia.

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O novo serviço poderá democratizar o pagamento online, sobretudo entre as classes de renda mais baixa, na opinião do diretor-executivo de marca, novos negócios e estratégia da Vivo, Christian Gebara. “O mobile payment é uma grande tendência”, afirmou, destacando que mais de 80% da base de clientes de telefonia celular é do tipo pré-pago. O cliente, para fazer pagamentos e recarregar a conta precisará estar vinculado à PayPal. Para isso, precisará realizar um cadastro via internet.

Não há cobrança dos clientes pela recarga dos créditos. Já para os pagamentos, será debitado um valor de R$ 1,00 por transação de pagamento a pequenos comerciantes, como manicures, ou prestadores de serviços, como taxistas. O presidente da PayPal na América Latina, Mario Mello, disse que as taxas cobradas para quem receber o pagamento ficarão entre 5,4% a 6,4%, dependendo da transação, e com disponibilização 24 horas.

O serviço permite transações de pagamento via qualquer aparelho celular, por meio de uma tecnologia similar a utilizada em mensagens de texto (SMS), inclusive para os modelos mais simples, com tecnologia GSM, sem necessidade de acesso à internet.

Todas as operações, a cargo da PayPal, serão protegidas e monitoradas por uma equipe antifraude. Segundo as empresas, as informações dos clientes são armazenadas de acordo com critérios internacionais de proteção de dados.

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Os serviços de recarga de crédito para aparelhos celulares deverão puxar as transações financeiras da parceria entre a Telefônica Vivo anunciada hoje com a PayPal. “A experiência inicial (do cliente) será da recarga. A modalidade de envio e recebimento de pagamento é muito nova aos consumidores e ainda precisamos divulgar”, afirmou Mario Mello.

O pagamento das recargas via celular será realizado no final do mês por meio da fatura do cartão de crédito. Inicialmente, a tecnologia desenvolvida pela PayPal será exclusiva para a Vivo, por um prazo que não foi revelado pelos executivos. As recargas não serão cobradas dos clientes, já para transferências de valores a prestadores de serviços ou pequenos comerciantes no envio ou recebimento dos pagamento por meio do celular será debitado dos clientes um valor de R$ 1,00.

O foco da PayPal é atingir aproximadamente 70% da base de clientes pré-pagos da Vivo, que contam com algum tipo de cartão de crédito. A base pré-paga da Vivo soma 58,5 milhões de clientes, de um total de 75,7 milhões de suas operações móveis. Cerca de 82% da base de telefonia móvel brasileira é composta por clientes pré-pago. Já a PayPal encerrou o ano passado com 3 milhões de clientes e mais de 30 mil varejistas cadastrados.

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Mello aposta na adesão do mecanismo. Ele relembrou que, quando foi criado o cartão de débito, há alguns anos, era questionado se os consumidores iriam migrar para nova modalidade de pagamento. “O cliente não precisará mais sair de casa para fazer a recarga. O quiosque de recarga será a casa. A ideia também é que as pessoas não precisem andar com dinheiro no bolso”, afirmou.

Em termos de valores disponíveis para as transações, os executivos da Vivo e PayPal não deram um teto para as movimentações financeiras. No entanto, o sistema de transferência poderá ser travado em caso de suspeitas de fraude. Além disso, as transações finaceiras serão realizadas por meio de uso de senhas de acesso.

O diretor-geral da Telefônica Vivo, Paulo Cesar Teixeira, evitou dar prazo para a disseminação dos serviços na base de clientes, assim como metas de expansão. “Vamos usar esse serviço para aumentar as recargas e ampliar a receita com meios de pagamento, além de oferecer um diferencial aos nossos clientes”, afirmou.

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/Rodrigo Petry (Agência Estado)

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