?Vínhamos sendo surrados; mas essa tendência se reverteu?

Executivo, que assumiu o cargo em abril, diz que produtos bons, porém acessíveis, explicam crescimento da Motorola

PUBLICIDADE

Por Camilo Rocha
Atualização:
 Foto:

ENTREVISTA | Rick Osterloh , presidente mundial da Motorola

PUBLICIDADE

O que explica o bom desempenho da empresa no último ano?

Nossa linha de produtos com Moto G, Moto X e agora o Moto E oferece muito pelo preço. Nesses aparelhos, você consegue recursos dignos de um iPhone ou Samsung Galaxy S5, mas por um terço do preço. Enxergamos muita oportunidade no oferecimento de bons smartphones por preços menores. Uma navegação na internet de qualidade tem que ser mais acessível. Nossa ideia é servir um mercado que no momento é bem mal servido, que são pessoas que tem celulares “de entrada” ou pessoas que ainda não tem um smartphone. São 70% dos usuários no mundo. Hoje, ou compram um smartphone não tão bom ou pagam muito por um aparelho.

O Moto E é um aparelho para os mercados emergentes?

É um telefone para todos os mercados. O segmento que mais cresce na maioria dos lugares, incluindo os EUA, é a faixa dos preços menores, categorias como telefones pré-pagos ou fora de contrato de operadora. Em mercados emergentes, é claramente a grande tendência.

É um preço agressivo, não? Foi necessário vir com algo assim, uma vez que vocês foram deixados para trás por marcas como LG e Samsung?

Vinhamos sendo surrados pesadamente, sim, mas isso agora se reverteu. Estamos crescendo a um ritmo duas vezes mais rápido que a indústria, 61% contra 29%. E com poucos produtos, dois praticamente, o Moto X e o Moto G. Esse portfólio, incluindo o Moto E, é o que precisamos para realmente crescer.

Publicidade

Vocês estão prestes a ter novos donos. Acredita que a Lenovo respeitará a estratégia atual da Motorola?

Acreditamos que nossa estratégia será mantida. A Lenovo já disse estar muito empolgada com o embalo que pegamos. Vejo um grau enorme de complementaridade. Hoje, estamos bem nas Américas e na Europa Ocidental, além da Índia. A Lenovo é forte no leste europeu e na Ásia-Pacífico, particularmente. Não há praticamente sobreposição. Outra vantagem é o acesso à enorme cadeia de fornecedores que a Lenovo tem, por causa de sua posição como maior fabricante de PCs do mundo e quarta maior vendedora global de smartphones.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.