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Trânsito em grupo

Usuários do Waze formam comunidades para trocar informações do trânsito e fazer correções nos mapas

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Por Anna Carolina Papp
Atualização:

Usuários do Waze formam comunidades para trocar informações do trânsito e fazer correções nos mapas

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SÃO PAULO – O potencial do Waze vai além de interface, rapidez e precisão. O que o difere de outros aplicativos é o fato de a comunidade agir voluntariamente para abastecer o mapa com informações atualizadas sobre a cidade.

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“Um dia, vi que todas as alternativas estavam ruins; aí resolvi parar no shopping. Jantei por lá e voltei para casa: desta vez, sem trânsito”, disse o motorista Bernardo Tavares, de São Paulo, e usuário do app. Ele incorporou o Waze ao dia a dia, principalmente depois da atualização do iOS 6 com o problemático Apple Maps, e acredita que é possível tirar ainda mais proveito do app quando se tem um copiloto.

Alexandre Jungermann, outro morador de São Paulo que usa o app, concorda: “Sinto falta de um acesso rápido para reportar trânsito, pois são necessários dois ou três toques. Talvez um botão que permitisse repetir o último comando ajudasse”, sugere. Ele conta que o app o ajudou uma vez em que levava seu filho a uma consulta médica e ficou preso no trânsito. “Pelo Waze pude avaliar rotas alternativas.”

Comunidades. O Waze permite a formação de grupos. Assim, pessoas que moram numa mesma região ou têm um interesse em comum podem trocar informações.

Um dos maiores é o “Sampa”, com 1.266 membros, assim como o “Wazers de São Paulo”, com 1.220. Ambos são dedicados à troca de informações sobre o caótico trânsito da capital paulista.

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Existem também grupos locais, de bairros como “Vila Madalena” e “Santana”. Moradores de Santos, Guarujá e região estão no grupo “Praieiros”. Há ainda o “Moro na ZN (zona norte) mas trabalho na ZS (zona sul)” e grupos que se formam com um interesse em comum, como o “Night Life” (vida noturna) e o “Blitz e Lei Seca”. Depois do trânsito e radares, essa é uma das informações mais buscadas no app.

Recalculando. O crowdsourcing no Waze não se limita a reportar o trânsito, mas a corrigir falhas de trajeto detectadas tanto pelo sistema como pelos usuários.

A correção de erros é feita por usuários editores, que acertam nomes errados de ruas, excluem vias inexistentes e aprovam os radares indicados pelos motoristas que usam o app. Aos interessados, basta acessar o site world.waze.com/livemap, assistir aos tutoriais e participar dos fóruns.

Segundo dados da empresa divulgados na semana passada, no Brasil 65% dos erros detectados pelo sistema nos últimos 30 dias foram corrigidos. Entre as falhas reportadas pelos usuários, 97% já foram reparadas.

Globalmente, entre os erros relatados por usuários, 64% são resolvidos em uma semana, 9% em duas semanas, 5% em três e o restante, em um mês ou mais. “Graças à comunidade, os mapas do Waze estão mais em ‘tempo real’ do que nunca”, diz a empresa.

—-Leia mais:• Rota alternativa • Camada social do aplicativo deixa o caminho menos hostil • Link no papel – 17/12/2012

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