SkateSquare quer ser o aplicativo definitivo do skate

App colaborativo mapeia lugares para se andar de skate por modalidade

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Por Murilo Roncolato
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SÃO PAULO – “Apostamos tudo por amor ao skate. É um app de skatista para skatista, e acho que o horizonte está bom para ele”. Aos 27 anos, Lierson Mattenhauer agora é chamado por aí de “skatista nerd”. Isso porque ele tentou resolver um problema antigo de todo skatista, de qualquer parte do mundo, usando tecnologia. Com amigos desenvolvedores da sua agência de publicidade, criaram o SkateSquare, que mapeia colaborativamente lugares para se andar de skate (chamados de “picos”), divididos por modalidade.

“Fizemos tudo ‘na casa’. Todo lucro da agência foi para o projeto. Foi um trabalho de mais de um ano para desenvolver o app, fechamos dois dias por semana dedicados só para isso; e gastamos, por cima, mais de R$ 40 mil para tirar do papel”, diz Mattenhauer, que espera que o SkateSquare se torna “um app definitivo para o skate”.

 

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SkateSquare está disponível em site e aplicativo (iOS). A versão para browser foi lançada em setembro e o app em dezembro de 2013, a página conta com 20 mil visitas mensais e o app tem 1,5 mil usuários ativos. A expectativa é que esse número ainda muito mais após o lançamento da versão para Android, sistema operacional presente em 80% dos smartphones no mundo.

O objetivo da plataforma é exibir os picos, que podem ser cadastrados com fotos e vídeos por qualquer usuário, que podem então receber avaliações, classificados por dificuldade e qualidade, e um painel que mostra quantos usuários do app estão no local (em um sistema baseado na lógica do check-in, do Foursquare). Sobre este último recurso, os criadores incluíram um mini-game, no qual o dono de um vídeo feito no pico que tiver mais curtidas (chamadas de “Yeah”; avaliação contrária é “Zuado”) se torna “rei do pico”.

“Ando de skate desde os 12 anos na modalidade de downhill speed, que por ser de velocidade, vamos basicamente em estradas”, conta. “Então você precisa saber onde andar, porque os mais conhecidos são uns quatro ou cinco picos que ficam cheios, mas tem muito lugar bom e que a galera não descobriu ainda.”

 

Rentável

Lierson divide o escritório da agência Add-on na região da Praça da Árvore – ao estilo “descolado” de startups, com paredes grafitadas e festinha happy hour toda sexta – com outros “coletivos”, grupos de amigos que se uniram em forma de pequenas empresas, como Código Garcia e Pixon Mobile, responsáveis pela criação do app, para se dedicar a uma área: publicidade, atendimento e TI. Ainda em busca de investidores e parceiros para o app, Mattenhauer diz que há um plano para tornar o aplicativo rentável.

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“Fizemos um guia de lojas relacionadas a skate, elas se cadastram no site, tem então espaço para mostrar propaganda, logo, é uma mini-loja. Quando o usuário abre o mapa para procurar picos, pode ver algumas das lojas mais próximas”, diz.

Com o SkateSquare, Lierson acredita estar mostrando a capacidade dos praticantes do skate de se unir. “Skate já foi bem marginalizado nos lugares. Hoje não, a galera se une, bate de frente. Skate é o segundo esporte mais praticado no país, tem que ser respeitado.”

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