Realidade virtual cabe em diferentes bolsos

Qualidade de imagens e interação do usuário com ambiente, no entanto, é o que justifica a diferença de preços entre produtos

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Por Bruno Capelas
Atualização:

Divulgação

 

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“Quer pagar quanto?”: a frase do famoso garoto propaganda pode muito bem resumir a situação dos preços dos principais dispositivos de realidade virtual. Quem quiser experimentar a tecnologia pode desembolsar valores que vão de R$ 50 até mais de R$ 3 mil – a diferença, no entanto, está na qualidade das imagens e na forma como cada usuário poderá interagir com o ambiente.

No campo do baixo custo, destacam-se o Beenoculus e o Google Cardboard. Ambos funcionam com a ajuda de um smartphone – responsável por rodar os aplicativos de realidade virtual –, que deve ser colocado à frente de lentes desenvolvidas para criar efeito de espacialidade.

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Lançado pelo Google em 2014 para promover a realidade virtual, o Cardboard tem seu projeto básico divulgado em código aberto – que pode ser utilizado para qualquer pessoa para fazer seu próprio dispositivo em casa, usando papelão e lentes especiais, vendidas pelo Google. O dispositivo também pode ser comprado, já montado, por cerca de R$ 50 em sites de empresas parceiras do Google.

Desenvolvido por uma equipe de Curitiba, o Beenoculus foi lançado em janeiro de 2015 e pode ser comprado no site da empresa por R$ 160. Hoje, mais de 30 celulares são compatíveis com os óculos da empresa.

Elite.Previstos para 2016, Oculus Rift, HTC Vive e PlayStation VR (PSVR) utilizam o poder de processamento de PCs e do PlayStation 4, respectivamente, para trazer melhor desempenho para os usuários. Sem preço definido – mas que deve girar em torno de US$ 350 –, os três modelos também usarão controles de videogame para aprofundar a experiência. No caso do Rift, além de usar um controle de Xbox One, a empresa também planeja o lançamento do Oculus Touch, controles que têm sensor de movimentos e alto índice de resposta aos comandos dos usuários.

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“A chegada dos ‘grandes dispositivos’ vai ajudar a divulgar a tecnologia, mas no começo, serão produtos só para quem tem ‘grana’”, diz Paulo Santos, da produtora brasileira 8e7.Para Rawlinson Terabuio, da Beenoculus, cada dispositivo tem o seu espaço. “Poucos brasileiros vão poder pagar por um Rift ou um PSVR. O Beenoculus é ideal para quem quer uma solução de baixo custo”, diz.

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