Presidente da TIM nega quedas propositais de ligações

Mário Girasole disse que se para fazer tal acusação é preciso 'ter respaldo técnico e documental'

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Por Agências
Atualização:

Mário Girasole disse que se para fazer tal acusação é preciso ‘ter respaldo técnico e documental’

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BRASÍLIA – O vice-presidente da TIM, Mário Girasole, voltou a negar que a companhia derrube deliberadamente as ligações realizadas por clientes de seus panos Infinity. Um relatório preliminar da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apontou que a operadora poderia estar desligando as chamadas desses usuários para forçarem novas ligações e, consequentemente, mais cobranças.

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“A TIM nega veementemente essa acusação de quedas propositais do Infinity”, disse o executivo em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. “Uma derrubada deliberada de chamadas é fraude, é crime, e precisa ter respaldo técnico e documental de altíssima segurança para ser colocado nas costas de empresas”, completou.

Segundo Girasole, o relatório da Anatel contém erros básicos ao desprezar motivos de quedas nas ligações que não culpa da operadora, como o fim da bateria dos aparelhos celulares, o deslocamento dos usuários para áreas de sombra, o fim dos créditos pré-pagos, a reinicialização de smartphones ou mesmo as manutenções programadas nas redes.

“Além disso, as quedas nas chamadas da TIM são aleatórias porque a rede não identifica qual é o plano de serviço do usuário, a tarifação é feito de outro lado”, acrescentou o executivo. “O processo tem conclusões erradas porque parte de premissas erradas, e com vazamento do relatório passou a ser uma peça de acusação que afeta muito a imagem da TIM no mercado”, completou Girasole.

Ele ainda alegou que a reputação dos 11 mil funcionários não pode ser colocada em risco, e por isso também pediu rapidez à Anatel no esclarecimento desse processo.

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RELATÓRIO EM TRAMITAÇÃO

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, frisou há pouco que as acusações em relação aos planos Infinity da TIM estão em um relatório preliminar de fiscalização do órgão, integrando um processo que ainda devera tramitar na agência.

“Achamos que o caso é grave, mas relatório preliminar não significa condenação. Nossos fiscais têm liberdade para fazer suas investigações, mas a agência tem que dar oportunidade de contraditório para empresas, para só depois o conselho diretor realizar o julgamento”, afirmou.

Em audiência pública no Senado, Rezende afirmou que a Anatel irá analisar esse processo com o devido rigor, cabendo punições à TIM caso a suspeita seja confirmada. “É claro que se a conclusão apontar conduta irregular, vamos tomar medidas”, concluiu.

/Eduardo Rodrigues (Agência Estado)

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