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Operadoras miram nos sem-smartphone

Segmento deve receber mais atenção de empresas

Por Fernando Martines
Atualização:

Quando o assunto é aplicativos para celular, os primeiros nomes que vêm à cabeça são o de gigantes como Apple e Google. Mas no Brasil, para baixar estes programas na App Store é necessário um cartão de crédito internacional e pagar em dólares (além de fazer uma gambiarra – leia na página 6), enquanto no Android Market o brasileiro só encontra os apps gratuitos.

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Aproveitando esse vácuo, as operadoras de telefonia móvel começam a olhar com mais atenção para esse segmento. “As operadoras viram que se não fizerem nada, Apple e Google não vão dividir esse bolo”, afirma Adriano Rayol, da Uplay.

Desde 2003 a Vivo conta com uma loja que tem mais de 500 aplicativos e já superou a marca de um milhão de downloads.

Mas foi neste ano que a empresa entrou de vez nessa área ao lançar na Campus Party uma plataforma de desenvolvimento de aplicativos. O desenvolvedor que fizer uso dela e lançar seu produto, fica com 70% do dinheiro da venda. Se o aplicativo for para ser utilizado via SMS, o desenvolvedor ganha um adendo de 10% na venda. Calma aí. Todos falando em aplicativos modernos, comparáveis a programas de computador ou games de console e voltamos ao SMS? Na verdade, nunca saímos dele, como explica Hugo Janeba, vice-presidente de inovação da Vivo. “Não adianta querer só fazer app para smartphone, se não tem nem um milhão desses aparelhos vendidos. Tem de pensar nisso, mas tem de pensar nos aparelhos de R$ 50, que vendem muito”. Como exemplo, Janeba cita um curso de inglês por SMS que está fazendo grande sucesso. “Temos que entender o hábito de consumo das pessoas e fazer algo baseado nisso”, finaliza.

A Tim espera muito em breve lançar sua loja de aplicativos, que está em desenvolvimento desde outubro do ano passado. Na Tim App Shop, “os desenvolvedores poderão fazer seus aplicativos, postá-los na loja e estabelecer o preço”, explica Flávio Ferreira, gerente da empresa. Logo quando for lançada a loja terá produtos compatíveis com 100 aparelhos de celular que operam pela Tim e a expectativa é que esse número aumente. Donos de celulares pré-pagos também poderão baixar os aplicativos.

Concurso. A Claro, além do seu portal Claro Ideias, onde o usuário pode encontrar diversos aplicativos, vai atuar na área de um modo diferente. A operadora é a patrocinadora oficial do Mobilfest, evento sobre mobilidade que neste ano pela primeira vez premia os desenvolvedores dos melhores aplicativos.

Serão quatro categorias e os vencedores poderão assinar um contrato com a Claro para vender seus aplicativos no Claro Ideias. Dos quatro melhores, um será selecionado e premiado com uma viagem ao Canadá para participar de workshops e palestras sobre o tema. “Queremos incentivar e dar oportunidades aos jovens empreendedores, além de ampliar esse mercado de desenvolvedores de aplicativos”, destaca Fiamma Zarife, diretora de Serviços de Valor Agregado da empresa.

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A Oi aposta alto na música. A operadora é dona de uma estação de rádio e quer que por meio de aplicativos de bandas os seus clientes possam ter uma rádio dentro do celular. Além disso, quer se aproximar do mundo dos aplicativos por meio da informação. No portal Oi Aplicativos, não há apps para serem baixados, mas sim resenhas dos melhores, testes, notícias e textos que explicam como usar determinado aplicativo.

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