O movimento pelo Wi-Fi aberto

Depois de um ano de discussão, entidades lançam movimento para estimular pessoas a compartilharem suas conexões

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Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

Depois de um ano de discussão, entidades lançam movimento para estimular pessoas a compartilharem suas conexões

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SÃO PAULO – No ano passado, entidades ligadas à defesa de direitos na internet ensaiaram o lançamento do Open Wireless Movement, movimento que defenderia a adoção de roteadores livres de senha para estimular a inclusão e aumentar o acesso à internet. Mas foi só agora que o movimento saiu finalmente do papel.

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O Open Wireless quer que haja várias conexões abertas em ambientes urbanos. Para isso, as entidades querem estimular cidadãos comuns, empresas e provedores a adotarem roteadores livres de senha. Isso criaria uma grande rede Wi-Fi aberta e gratuita.

Celulares, tablets e notebooks se conectariam automaticamente à rede. Com várias conexões à disposição, nenhuma delas ficaria sobrecarregada. E, respondendo às criticas de que as redes abertas poderiam ser usadas para crimes, eles respondem: “A falsa noção de que o endereço IP pode ser usado como único identificador é finalmente uma coisa do passado”.

 Foto: Estadão

As entidades responsáveis pelo movimento afirmam que estão trabalhando com uma coalizão de engenheiros voluntários para criar tecnologias que permitam aos usuários abrirem suas conexões sem comprometer a segurança e nem a velocidade da conexão, duas críticas comuns à prática de libertar o roteador.

Para ensinar as pessoas a compartilhar a conexão com segurança, o movimento deve lançar cartilhas explicativas, além de novas tecnologias a serem desenvolvidas com os voluntários. Haverá programas para orientar pessoas comuns, pequenas empresas, desenvolvedores e provedores de internet.

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O furacão Sandy também serviu como incentivo para o movimento. “A comunicação é crítica em tempos de crise, e a internet é a maneira mais eficiente de conseguir informações”, escreveu a Eletronic Frontier Foundation, uma das cabeças do movimento.

A provedora de internet Comcast, por exemplo, liberou seus hotspots Wi-Fi para ajudar na comunicação das áreas afetadas pelo furacão.

O movimento também incentiva as pessoas a burlar as restrições das operadoras de telefonia celular e fazerem tethering (criação de hotspots Wi-Fi com a conexão 3G ou 4G) com seus aparelhos.

No Brasil, a Anatel proíbe o compartilhamento da rede.

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