O Bing copia o Google?

De acordo com engenheiro do Google. Microsoft usa programas para roubar resultados de busca do rival

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Por Rafael Cabral
Atualização:

Engenheiro-chefe do Google e um dos desenvolvedores do seu algoritmo de pesquisa, Amit Singhal quer provar que o Bing, da Microsoft, copia os resultados de busca do rival. “Passei minha carreira buscando um bom mecanismo de buscas. Não tenho nenhum problema em ver uma empresa desenvolver um algoritmo inovador, mas copiar não conta como inovação no meu livro”, disse ele em entrevista ao blog Search Engine Land.

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De acordo com Singhal, é possível garantir que o Bing tem acesso aos resultados que aparecerão no topo da busca no Google, ainda considerada a mais confiável – e certamente a mais usada – pela maioria das pessoas, e assim adicioná-los ao seu sistema.

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Isso seria feito através dos programas chamados de opt-in – mais comumente, através da barra de buscas instalada no navegador dos usuários. A página de instalação do aplicativo, sugerido a todos os clientes do Explorer, diz que o histórico de navegação será usado para “melhorar a experiência do Bing com conteúdo personalizado, permitindo que coletemos informação adicional sobre a configuração do seu sistema, as buscas que você faz, os sites que você visita e como você usa o nosso software”. E completa: “Usaremos essas informação para melhorar nossos produtos e serviços”.

No começo, o Bing não negou claramente a operação. O diretor Stefan Weitz disse ao mesmo site: “Como você pode imaginar, usamos múltiplos métodos para rankear sites, mas, como o restante dos concorrentes na indústria, não detalheremos ou aprofundaremos como fazemos isso. O objetivo é levar as informações mais relevantes ao topo”, disse.

Depois, a Microsoft acusou o Google de armar um “roteiro novelesco de espionagem” e defendeu a peculiaridade do seu sistema. “Algumas poucas pessoas optam por compartilhar suas informações enquanto navegam na web para ajudar a melhorar a experiência de uso”, confirmou. “Não estamos copiando nada, estamos apenas aprendendo com os nossos consumidores, assim como o Google faz”.

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