Movimentação do Google preocupa setor de viagens

Ganhos com publicidade podem ser pedra no sapato para sites e aplicativos especializados em viagens

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Por Agências
Atualização:
 

SÃO PAULO – Parcerias recentes do Google com cadeias de hotéis têm elevado preocupações entre outros participantes do setor de viagens de que a gigante de buscas esteja tentando obter maior receita com publicidade.

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“Considerando o que a indústria de viagens está gastando com publicidade nos sites Priceline, Expedia e TripAdvisor, o Google está bem alerta e gostaria de ter uma fatia”, disse Douglas Quinby, vice-presidente de pesquisa na PhoCusWright, empresa de pesquisas sobre o setor de viagens.

O Google já possui o site ITA, um fornecedor de informações de voos, e um programa de anúncios sobre preços de hotéis que leva consumidores a fazerem reservas em sites de hotéis.

Nos últimos meses, hotéis concordaram em testar produtos do Google, e, no mês passado, o Google fez um acordo sobre licenciamento com uma startup chamada Room 77, que permite que visitantes comparem os preços de hotéis e reservem acomodações.

Embora muitos analistas não considerem o Google uma grande ameaça para agências de viagens online no futuro imediato, tais acordos provocaram rumores sobre o que pode ocorrer no setor.

Pesquisadores não acreditam que o Google queira passar a processar compras feitas por agências de viagens online, que são algumas de suas maiores anunciantes. Eles acreditam que o negócio de transações exigiria certas capacidades que trariam novas despesas e custos fixos. Mas o Google gostaria de atrair mais receita de publicidade sobre viagens, dizem.

O Carlson Rezidor Hotel Group, que inclui as cadeias Radisson e Country Inns & Suites, anunciou um programa piloto no fim do ano passado que permite que visitantes façam buscas, compras e paguem estadias em hoteis usando as aplicações Google Hotel Finder, Google Business Photos e Google Wallet.

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/ REUTERS

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