A maior coleção do mundo de documentos do holocausto ganhou uma versão digitalizada. O memorial do holocausto Yad Vashem, em Israel, se juntou ao Google para criar um sistema interativo com as fotografias e documentos do instituto, além de digitalizados, tornando-os “buscáveis” pela internet.
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O projeto lançado nesta quarta-feira, 26, reúne uma coleção de 130 mil fotografias que agora poderão ser buscadas diretamente pelo site do Google, usando palavras-chave e outras informações, tornando mais fácil a pesquisa sobre o massacre de judeus na Alemanha.
O projeto deve se expandir para outros arquivos do memorial no futuro.
Também há um componente social que permite às pesssoas contribuírem para o projeto, acrescentando informações sobre suas histórias, comentários e outros documentos de familiares que aparecem nos arquivos digitais.
O presidente do Yad Vashem, Avner Shalex, disse que, embora a nova ferramenta possa ser mal utilizada para fazer comentários antissemitas, o risco é compensado pelo benefício para as futuras gerações buscarem informações sobre seus antepassados.
“É parte da nossa visão conectar o conhecimento e a informação reunida no Yad Vashem à tecnologia moderna, e levá-los para os jovens”, afirmou Shalex.
O projeto começou teve início há três anos em um arranha-céu de Tel-Aviv que abriga as operações de pesquisas do Google em Israel. Ele foi inspirado pela iniciativa do Google de incentivar os funcionários a gastarem 20% do tempo de trabalho em projetos que eles acham importantes.
O Google usou uma tecnologia experimental de reconhecimento óptico de caracteres para permitir que os documentos e as fotografias possam ser buscados em diversos idiomas.
A parceria com o Google é apenas o mais recente projeto digital do Yad Vashem. Nesta semana, o memorial também lançou uma versão em farsi do seu canal no YouTube, voltado para as pessoas do mais amargo país inimigo de Israel, o Irã. Os vídeos falam sobre o genocídio de 6 milhões de judeus realizado pelos nazistas.
A próxima prioridade do memorial será digitalizar a coleção de depoimentos dos sobreviventes.
O lançamento do projeto foi feito um dia depois de as Nações Unidas celebrarem o seu dia anual de lembrança do holocausto.
/ Josh Lederman (ASSOCIATED PRESS)