Instagram é avaliado em US$ 35 bilhões

Capacidade do aplicativo de fotos para ser monetizado foi principal motivo para avaliação de consultoria; app também removeu contas falsas nessa sexta-feira

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Por Bruno Capelas
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SÃO PAULO – O Instagram, aplicativo de compartilhamento de fotos de propriedade do Facebook, foi avaliado nessa sexta-feira em US$ 35 bilhões pela consultoria Citi.

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Segundo Mark May, analista da empresa, os 300 milhões de usuários ativos, anunciados na última semana, e a possibilidade de monetização futura do Instagram foram os responsáveis para que a empresa ganhasse novo valor – em oportunidade anterior, a Citi já havia estimado que o Instagram valia US$ 19 bilhões. “O Instagram pode faturar até US$ 2 bilhões por ano caso consiga monetizar e engajar seus 300 milhões de usuários”, declarou a Citi em nota aos seus investidores.

Por enquanto, a contribuição financeira do Instagram para as contas do Facebook ainda é baixa. Adquirido em 2012 por US$ 1 bilhão pela empresa de Mark Zuckerberg, a rede social de fotografias começou a implementar anúncios nos EUA em 2013, mas o modelo ainda não decolou. Ainda não há data definida para a chegada de publicidade ao aplicativo aqui no Brasil, disse ao Estado na última semana Mike Krieger, brasileiro que criou o aplicativo em 2010 ao lado do americano Kevin Systrom.

Caça aos fakes. Além de permitir a chegada de publicidade, o Instagram também começou nessa semana uma campanha para se tornar mais atraente aos olhos de anunciantes, oferecendo a eles números mais corretos sobre o número de usuários e contas de verdade que seguem os perfis de marcas e celebridades – que passaram a receber um selo de “conta verificada”. Além disso, a empresa removeu de seu sistema milhões de contas falsas ou que tenham sido criadas por robôs para inflar estatísticas.

Quem mais perdeu seguidores foi o perfil oficial do próprio Instagram: até a quinta-feira, ele tinha 64,1 milhões de seguidores. Depois da limpeza, passou para 45 milhões, em uma queda de 29%. Justin Bieber, a celebridade mais seguida da rede social, perdeu cerca de 3,5 milhões de seguidores, com queda de 14%.

Já o brasileiro mais popular da rede – o jogador Neymar – foi um dos menos afetados com a operação: de 13,2 milhões de seguidores, passou para 12,9 milhões – uma diferença de 2,2%. A marca mais seguida do Instagram, a revista National Geographic, também foi pouco afetada: perdeu apenas 228 mil seguidores, em queda de 2,3%.

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