Indústria busca formas de controlar jogos com a mente

Primeira feira do setor de neurotecnologia e games mostra os avanços de empresas que medem os impulsos do cérebro

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Por Redação Link
Atualização:

Primeira feira do setor de neurotecnologia e games mostra os avanços de empresas que medem os impulsos do cérebro

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Chris O’Brien, do ‘Los Angeles Times’

Avanços fabulosos da pesquisa sobre ondas cerebrais tornaram factível a ideia de mover e controlar objetos com a mente. Agora, os neurocientistas estão às voltas com um novo desafio: usar os videogames para explorar o potencial dos estudos, desencadeando uma revolução na neurotecnologia.

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Os dois setores realizaram no começo do mês em São Francisco a conferência NeuroGaming, o primeiro evento do tipo. “Chegou a hora de juntar as duas comunidades”, disse Zack Lynch, o organizador do encontro e fundador da Organização da Indústria de Neurotecnologia. “Queremos ver se podemos criar experiências que expandam as fronteiras da realidade.”

O evento atraiu 300 pessoas, entre elas empresários, neurocientistas, investidores e qualquer um capaz de ajudar a desenvolver uma indústria de neurotecnologia avançada.

A capacidade de ler ondas cerebrais existe ao menos desde os anos 1920. Agora, os impulsos podem ser lidos por pequenos sensores cada vez mais potentes e não tão caros. “Vivemos um momento muito animador”, disse Anders Grunnet-Jepsen, diretor de tecnologia avançada e computação perceptual na Intel. “O público está pronto para explorar outros tipos de sensores.”

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As 18 empresas que expuseram no evento seus últimos avanços deram uma ideia de onde a neurotecnologia já chegou. A NeuroSky, por exemplo, permite que pessoas usem seu leitor de ondas cerebrais para fazer voar um pequeno helicóptero que sobe e desce de acordo com os níveis de foco e de relaxamento da pessoa.

Já a Neurowear, parceira da NeuroSky, usou a tecnologia para criar um jogo em que orelhas de gato oscilam conforme o estado emocional. Em outro estande, o compositor Richard Warp mostrava o sistema NeuroDisco, que controla músicas seguindo os níveis de animação, frustração ou calma.

A invenção que mais se aproximou de um videogame foi o NeuroStorm, jogo em que a pessoa ganha pontos de acordo com os níveis de calma e foco, medidos por um dispositivo na cabeça. Ficar calmo em meio ao caos melhora a precisão.

Um desafio importante são os obstáculos da neurotecnologia. Alguns dispositivos exigem a aplicação de gel na cabeça para que os sensores captem os impulsos. Lynch, o organizador da feira, é realista. “Você pode ter toda a tecnologia do mundo, mas, se a pessoa experiente não quiser ou precisar se divertir com ela, toda essa tecnologia será deixada de lado.” / Tradução de Celso Paciornik

—-Leia mais: • Começa a próxima briga dos games Link no papel – 10/6/2013

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