IFA assiste a enxurrada de relógios inteligentes

Com preferência por Android Wear, fabricantes apostam em nova categoria de dispositivos; previsão é de que 135 milhões de aparelhos sejam vendidos até 2020

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Por Redação Link
Atualização:
 

Stefanie GasparESPECIAL PARA O ESTADO

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BERLIM – Canetas 3D, TVs de tela curva e resolução de 8K, câmeras de altíssima definição, drones de vigilância, novo Samsung Galaxy Note 4 e várias tecnologias para a casa conectada. Apesar da fartura de atrações, nenhuma das categorias de produtos mais recentes apresentadas na IFA, feira de tecnologia em Berlim que aconteceu entre 5 e 10 de setembro, foi páreo para os vestíveis, em especial aqueles feitos para usar no pulso.

Os relógios inteligentes e pulseiras apareceram nos estandes de quase todas as grandes fabricantes, a maior parte usando o sistema operacional Android Wear, criado pelo Google, e dominaram a atenção do público. Se por um lado, ainda não se sabe se esse tipo de acessório vai ser bem-sucedido nas vendas, por outro está claro que há pelo menos interesse em entender melhor o que se oferece.

Nos estandes das marcas, o público olhava com atenção para novos celulares, câmeras fotográficas e TVs de alta definição, mas nada se comparou ao efeito dos “wearables”, os vestíveis. As filas para testar os novos relógios e pulseiras inteligentes eram enormes, e espaços dedicados a outras tecnologias promissoras, como Smart Homes, ficaram solitários ao lado do apelo tátil de um produto que pode ser colocado no pulso e facilmente testado.

No gigantesco estande da Samsung, o público se amontoava apontando os pulsos para o ar e tirando fotos ao lado do relógio inteligente Gear S, testando o dispositivo e registrando a cena para a posteridade.

 

“Os vestíveis, principalmente quando conectados a um sistema que integre sua casa e seu conteúdo do smartphone, por exemplo, podem ser grandes facilitadores na hora de deixar a rotina mais rápida e segura”, disse na feira BK Yoon, CEO da Samsung, ressaltando o potencial uso desse tipo de dispositivo na casa conectada.

Embora o mercado para tais aparelhos ainda seja incipiente, a empolgação vista na feira faz supor que existe espaço para esse tipo de aparelho. Além disso, sem a cara de relógio antigo ou bugiganga pesada, modelos como o Motorola Moto 360 ou o LG G Watch são atraentes para um consumidor que não quer ser visto usando um produto esteticamente comprometedor.

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Corrida Do lado das empresas, parece haver uma corrida frenética para deslanchar e logo ocupar um lugar de destaque em uma nova categoria de eletrônicos, da mesma maneira como aconteceu com os tablets há alguns anos, segmento que já mostra sinais de desgaste.

O fato de que havia fortes rumores de que a Apple apresentaria seu próprio relógio inteligente (como de fato aconteceu) em um evento que coincidiria com o penúltimo dia da feira, colocou uma pressão extra nas empresas. Além do seu foco inicial em atividades físicas e saúde, relógios e pulseiras inteligentes ganharam uma porção de recursos extras, boa parte delas ligadas a um smartphone “matriz”.

Entre os produtos apresentados, o relógio inteligente da Samsung, o Gear S, traz um chip 3G que substitui completamente o celular, fazendo e recebendo ligações, com funções de Bluetooth e Wi-Fi e reprodução de músicas. A Sony marcou presença com dois lançamentos: o SmartBand Talk, pulseira inteligente que funciona como um relógio normal, mas faz chamadas para números pré-programados e serve como diário eletrônico a partir do aplicativo Lifelog, e o SmartWatch 3, com 4 gigabytes de memória, tela LCD e suporte à prova d’água.

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