Hackers bloqueiam site do governo britânico

Ação seria protesto contra planos de permitir acesso da Polícia a e-mails de cidadãos como medida antiterrorista

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Por Agências
Atualização:

Ação seria protesto contra planos de permitir acesso da Polícia a e-mails de cidadãos como medida antiterrorista

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LONDRES – O site do Ministério britânico do Interior ficou bloqueado por mais de três horas, supostamente por uma ação de protesto do grupo de hackers Anonymous, informou neste sábado, 9, a BBC.

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Segundo a rede estatal do Reino Unido, antes do serviço cair por volta das 20h locais (16h de Brasília), apareceu no portal uma mensagem que dizia: “alto volume de tráfego”. No entanto, uma mensagem no Twitter informava que o bloqueio era um ato de protesto contra os planos do primeiro-ministro David Cameron de permitir o acesso da Polícia a e-mails dos cidadãos como medida antiterrorista.

Outra mensagem, supostamente do Anonymous, indicava que a ação repreendia o tratado de extradição entre o Reino Unido e Estados Unidos, criticado por desfavorecer os britânicos.

Segundo a BBC, a rede social informava também o bloqueio do site de Downing Street – escritório oficial do primeiro-ministro -, cujo acesso caiu. No entanto, um porta-voz negou qualquer ataque e uma fonte do Ministério do Interior disse que está vigiando a situação.

A BBC informou ainda que os indícios da ação mostram que o grupo de hackers Anonymous seria o responsável pelos bloqueios.

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O Anonymous ficou conhecido em 2010, quando cobrou da sociedade destaque à revelação de informações confidenciais oficiais pelo Wikileaks, fundado pelo australiano Julian Assange. Desde então, o grupo se caracterizou pela interrupção do serviço de sites, como o que ocorreu com as páginas de Visa e MasterCard depois que as empresas bloquearam o acesso a Assange.

Ultimamente, o Anonymous mudaram um pouco a linha de ação e lançaram ofensivas pelo aumento de controles na internet e políticas de vigilância governamentais. Nesta semana, o Anonymous bloqueou sites da China em protesto ao ferrenho controle do Estado chinês sobre os cidadãos do país.

/ EFE

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