Hacker quer demonstrar falhas de segurança dos aviões

Especialista em segurança declarou ter descoberto como invadir equipamento de comunicação através dos sistemas de Wi-Fi e entretenimento de bordo das aeronaves

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Por Agências
Atualização:
 

SÃO PAULO – Um especialista em cibersegurança espanhol declarou ter descoberto como invadir equipamento de comunicação via satélite de aviões comerciais através dos sistemas de Wi-Fi e entretenimento de bordo das aeronaves. Ruben Santamarta, que trabalha na empresa de cibersegurança IOActive, deve apresentar os detalhes técnicos de sua pesquisa na próxima quinta-feira, 7, na convenção Black Hat, em Las Vegas, onde hackers e especialistas em segurança se reúnem todo ano para discutir ameaças e medidas de segurança.

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Se as declarações de Santamarta se confirmarem, a segurança de aviões em geral deve passar por uma revisão. “Estes aparelhos estão escancarados. O objetivo da minha apresentação é ajudar a mudar esta situação”, disse o especialista à Reuters.

O pesquisador disse que descobriu as vulnerabilidades ao praticar “engenharia reversa” em software usado para operar equipamento de comunicações feito por empresas que incluem Cobham Plc, Harris Corp, EchoStar Corp’s Hughes Network Systems, Iridium Communications Inc e Japan Radio Co Ltd.

Em tese, um hacker poderia acessar o equipamento aviônico de uma aeronave através do sinal de Wi-Fi interno ou do sistema de entretenimento de bordo. Com isso, poderia perturbar ou alterar a comunicação via satélite, interferindo com os sistemas de navegação ou segurança, disse Santamarta. O especialista decidiu tornar públicas suas descobertas para encorajar fabricantes a resolverem as falhas de segurança.

Representantes das empresas Cobham, Harris, Hughes e Iridium disseram ter revisto a pesquisa de Santamarta e confirmaram algumas de suas descobertas, mas minimizaram os riscos. A Cobham, por exemplo, disse não ser possível hackers usarem os sinais de Wi-Fi para interferir com sistemas críticos que dependem de comunicação via satélite para navegação e segurança. Os hackers precisariam ter acesso físico ao equipamento da Cobham, garantiu o porta-voz da empresa.

/ Reuters

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