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Google enfrenta pressões da China

Pequim mantém silêncio sobre renovação da licença do Google; buscas estão parcialmente bloqueadas

Por Agências
Atualização:

O Google pode enfrentar novas pressões sobre seus demais produtos na China, enquanto Pequim decide se renova ou não a licença de operação do serviço de buscas da empresa no maior mercado mundial de internet.

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Nesta quarta-feira, o mecanismo de busca do Google estava “parcialmente bloqueado” na China, segundo divulgou a empresa. Usuários do país, porém, ainda conseguem acessar outros serviços, como o Gmail.

Em um esforço por manter sua licença na China, o Google anunciou na terça-feira que deixaria de redirecionar seus usuários no país automaticamente ao seu site não censurado em Hong Kong, em prazo de no máximo 48 horas.

Pequim vem mantendo o silêncio e não revelou se essa solução de compromisso bastará para que permita a presença continuada do Google no lucrativo mercado chinês — o maior do mundo, com cerca de 400 milhões de usuários –, onde a Baidu, uma empresa local, é líder.

“Caso percam sua licença, a tendência estará se movendo em direção desfavorável ao Google e parece provável que também tenham problemas para manter suas demais licenças no país,” disse T. R. Harrington, presidente-executivo da Darwin Marketing, uma consultoria sobre pesquisa online.

O Google anunciou inesperadamente em janeiro que poderia deixar o mercado chinês devido a preocupações quanto à censura e depois de sofrer um ataque de hackers que, segundo a empresa, se originou da China.

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Agora, o Google também enfrenta o obstáculo de necessitar de uma licença para o seu popular produto Google Maps na China.

A China recentemente impôs novos requerimentos a empresas que desejem fornecer serviços cartográficos online, e anunciou uma lista preliminar de companhias que estariam autorizadas a receber licença para isso.

O Google e seu popular Google Maps não constavam da lista, ainda que uma fonte familiarizada com a situação tenha informado que o pequeno número de empresas aprovadas não representava uma decisão final.

O Google informou que estava examinando o impacto das novas regulamentações sobre seus produtos.

Um total de 23 companhias chinesas, entre as quais a Baidu, receberam aprovação preliminar para operar serviços cartográficos online, de acordo com documento postado no site do Serviço Estatal de Cartografia e Agrimensura chinês.

(REUTERS E ASSOCIATED PRESS)

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