Google dará aulas gratuitas de programação a mulheres

Em parceria com escola de programação Code School, programa se propõe a ampliar diversidade em empresas de tecnologia

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Por Murilo Roncolato
Atualização:
 

SÃO PAULO – O Google passa a oferecer aulas gratuitas de programação para mulheres e “minorias”. Para demonstrar interesse, basta preencher um formulário que especifica que a oportunidade é válida para todos os “grupos subrepresentados na tecnologia (incluindo, mas não limitados a, afroamericanos, hispânicos, americanos nativos, pessoas com deficiência, mulheres e idosos.

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A proposta é feita em parceria com o serviço online de aulas de programação Code School (que pelo site anuncia cursos de JavaScript, Ruby, HTML/CSS e iOS), que se envolveu em função do programa Women Techmakers, que promove a maior presença feminina no setor (atualmente limitada a 25%). Segundo o o CEO da Code School, Gregg Pollack, apenas 3% das vagas são preenchidas por afroamericanos.

No último Google I/O, a conferência de desenvolvedores do Google, o número de mulheres presentes representou apenas 1/6 do total (1 mil de 6 mil). Há dois anos, eram apenas 300. A vice-presidente do Google X (divisão voltada para projetos alternativos como o Google Glass, o Loon e o carro autônomo), Megan Smith, disse que os cursos de formação fazem parte de um investimento de US$ 50 milhões do Google à diversidade no mercado de tecnologia.

A questão da diversidade em empresas de tecnologia se tornou alvo de discussão após o Google anunciar que apenas 30% dos seus funcionários são mulheres, 3% tem origem latina e 2% são negros. Recentemente, Sheryl Sandberg, diretora de operações do Facebook comentou que a diversidade na tecnologia é deprimente: no Facebook, 2% são negros e apenas 15% são mulheres; no Yahoo!, chefiado pela Marissa Mayer, 37% são mulheres, mas ocupam apenas 23% dos cargos de liderança. De maneira geral no setor, mulheres estão em 21% dos cargos de liderança.

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