Google acusa China de bloquear Gmail

Empresa diz que há ação "cuidadosamente projetada" pelo governo para fazer parecer que há falhas em seu serviço

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Por Agências
Atualização:

O Google acusou o governo chinês nesta segunda-feira, 21, de dificultar o acesso de usuários do Gmail ao serviço no país, no mais recente episódio de um relacionamento azedo entre a empresa e Pequim.

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O Google informou que qualquer dificuldade que usuários na China possam ter enfrentado nas últimas semanas ao tentar acessar o serviço de e-mail deve ser provavelmente resultado de bloqueios impostos pelo governo.

“Não há problema do nosso lado, checamos isso extensivamente”, disse uma porta-voz do Google em mensagem. “Isso é uma ação de bloqueio do governo projetada cuidadosamente para fazer parecer que é problema do Gmail.”

Usuários do Gmail na China afirmaram que ainda conseguem acessar suas contas, mas não conseguem fazer tarefas como enviar mensagens e acessar listas de endereços.

O desentendimento entre o Google e o governo chinês começou em janeiro de 2010, quando a companhia divulgou que não tinha mais interesse em censurar seus resultados de buscas no país. Anteriormente, a companhia incluía um aviso em seu serviço na China que informavam que as buscas poderiam não ser completas por causa de leis locais.

Pesquisas sobre termos considerados sensíveis pelos censores chineses são rotineiramente bloqueadas. Sites de busca chineses como Baidu voluntariamente filtram resultados.

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Esta não é a primeira vez que o Google acusa a China de interferir em seus serviços. Em janeiro, a empresa informou que descobriu sofisticados ataques originados da China contra ativistas de direitos humanos que usam o Gmail ao redor do mundo.

O Ministério de Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente um pedido de comentário enviado por fax.

A censura de conteúdo da web se intensificou na China após pedidos de sites estrangeiros por uma “Revolução de Jasmim”, que seria inspirada pelas manifestações populares que estão ocorrendo no Oriente Médio e norte da África para abertura de governos.

/ Por Kelvin Soh, Sui-Lee Wee e Sakthi Prasad (REUTERS)

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