Foxconn negocia incentivos com Brasil

Grupo de diretores da montadora de eletrônicos taiwanesa vem ao País na semana que vem; produção de iPads está em discussão

PUBLICIDADE

Por Redação Link
Atualização:

Renata VeríssimoBRASÍLIA Do caderno ‘Economia & Negócios’ desta quarta, 11.

Um grupo de diretores da taiwanesa Foxconn estará no Brasil na próxima semana para negociar incentivos fiscais e facilitação de importação para a instalar uma fábrica no País.

 

PUBLICIDADE

O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, informou na terça-feira, 10, que um grupo executivo formado pelos ministérios da Fazenda, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ficará responsável pela negociação operacional com a empresa.

Em abril, a Foxconn anunciou investimento de US$ 12 bilhões no Brasil para a fabricação de equipamentos da Apple, como o iPad e iPhone.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter e no Facebook

De acordo com o ministro, a Foxconn quer incentivos fiscais, agilização de importação e ex-tarifários (redução temporária do imposto de importação para comprar no exterior produtos que não tenham produção nacional). “Estamos examinando os pedidos. Muita coisa está prevista na legislação. Mas tem coisas que são dos Estados e municípios”, explicou Pimentel.

Incentivo para tablets e smartphones. O Ministério do Desenvolvimento também publicará ainda este mês um Processo Produtivo Básico (PPB) para tablets e outro para celulares com alta tecnologia. O PPB definirá o índice de componentes nacionais que serão usados na fabricação desses produtos. As empresas que seguirem os procedimentos recebem incentivos fiscais.

Publicidade

Outras empresas, além da Foxconn, também mostraram interesse na fabricação de tablets no País. A definição de um PPB foi solicitada ao Ministério do Desenvolvimento por seis empresas, entre elas, Motorola e Samsung.

A secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Heloisa Menezes, disse ao Estado que o PPB também servirá de estímulo à produção de componentes no Brasil.

“Os tablets e os telefones celulares de alta tecnologia acabam necessitando do mesmo tipo de componente. A gente espera ter uma realidade mais favorável no Brasil para produzir componentes e não só o produto final”, disse.

Reclassificação. O governo ainda não decidiu se os tablets serão classificados como notebooks. Esta é a principal demanda das empresas interessadas na fabricação do produto, que atualmente é considerado um computador de mãopara cálculo dos tributos que devem ser pagos ao governo.

A mudança permitiria que as empresas fabricantes recebessem isenção de PIS e Cofins, cujas alíquotas somam 9,25%.

—-Leia mais: • Aberta a temporada de tablets no Brasil • Portáteis estão na agenda de Dilma • Jobs sobe ao palco para lançar o iPad 2 • Funcionários da Foxconn são presos por vazar imagens do iPad 2 • iPad 2 já pode ser vendido no Brasil • Tumulto na venda do iPad 2 na China deixa 2 feridos

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.