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Fora da China; Google também censura

Google mantém acordos de censura em outros países

Por Redação Link
Atualização:

Na segunda (22), o Google parou de censurar os resultados das buscas feitas em sua página da China, a google.cn. Os usuários estão sendo transferidos para o Google Hong Kong – google.hk -, onde não há filtros censores. Em resposta, a China restringiu o acesso da população à página de Hong Kong apenas um dia depois da decisão da companhia californiana.

Essas ações são mais um capítulo de uma história que vem se desenrolando desde o fim do ano passado, quando o Google declarou que queria o fim do sistema de censura no país. Em março, após denúncias de invasões por hackers e promessas de deixar o país, o Google  afirmou que deixaria de censurar os resultados das buscas na China. O governo chinês advertiu que seria uma atitude “irresponsável” e que haveria consequencias. Dito e feito.

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Na Alemanha, na França e na Polônia, qualquer conteúdo pró-nazismo ou que negue o holocausto é proibido por lei. Para estar de acordo com a legislação e poder operar no país, a companhia links para esse tipo de material não aparecem nos resultados das buscas feitas pelas homepages desses países.

Na Turquia, não é permitido difamar Mustafa Kemal Ataturk, fundador da república e primeiro presidente do país, nem a “identidade turca”. Por isso, o Google bloqueia o acesso qualquer conteúdo que o governo considera ilegal. Não satisfeito, o país também bloqueou o completamente acesso ao YouTube.  Já na Tailândia, a restrição diz respeito ao rei Bhumibol Adulyadej.

Política de censura O Google possui uma política de censura de longa data em que, para poder operar em determinados países, deixa de exibir conteúdos considerados ilegais nos resultados das buscas. Com a China, no entanto, a empresa ainda não sabe (nunca soube, na verdade) como lidar com o governo e suas restrições às liberdades individuais – de forma que isso não fira a política e a imagem da empresa.

Então, por que o Google foi se meter com a China? Além do fato de o país possuir o maior mercado consumidor do mundo,  Scott Rubin, porta-voz da empresa, dá outro motivo: “pensamos que poderíamos contribuir melhor com o aumento do acesso à informação (na China) estando no país e censurando alguns conteúdos  do que não estando lá.”

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