SÃO PAULO – Após a polêmica entre o Facebook e a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais), que se sentiu ofendida pela política da rede social que obriga as pessoas a usarem seus nomes reais, impedindo, por exemplo, drag queens de terem perfis com seus nomes artísticos, o Facebook decidiu pedir desculpas pelos efeitos causados por sua política.
Em uma declaração publicada hoje em seu perfil na rede social, o diretor de produtos do Facebook, Chris Cox, prometeu “consertar a maneira como esse política é feita”, sem dar detalhes específicos de como isso vai acontecer.
A rede social de Mark Zuckerberg tem motivo para se preocupar. Essa política teria sido um dos motivos para a rede social Ello ganhar popularidade nos últimos dias.
A polêmica começou quando algumas drag queens de São Francisco afirmaram que tiveram suas contas no Facebook bloqueadas por usarem nomes artísticos. Uma das primeiras a se manifestar foi Sister Roma, uma das drag queens mais famosas de São Francisco. O caso ganhou tanta repercussão na Califórnia que representantes do governo local solicitaram uma reunião com o Facebook em prol da comunidade LGBT.
Em sua declaração, Cox diz que vai mudar a maneira com que a política que baniu os nomes artísticos é usada. Segundo ele, o problema ocorreu porque uma pessoa denunciou centenas de contas com esses nomes como falsas. Isso fez com que esses perfis fossem encaminhados para análise do Facebook junto com outras contas de pessoas que realmente faziam mal uso da rede, de forma que a empresa não percebeu o padrão.
“Nossa política nunca foi pedir para todos no Facebook usarem seus nomes legais. O espírito da nossa política é que todos no Facebook usem nomes autênticos utilizados na vida real”, afirmou.