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EUA anunciam sua saída do ICANN

Organização responsável pela gestão de endereços convocou demais países a participarem de processo de transição do cargo ocupado pelos EUA

Por Redação Link
Atualização:

SÃO PAULO – O Departamento Nacional de Administração de Telecomunicações e Informação (NTIA) dos Estados Unidos anunciaram na última sexta, 14, sua saída da Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet (ICANN). O governo americano deixa a entidade responsável pela gestão operacional dos endereços da internet em um movimento inédito que aponta para o atendimento de uma demanda internacional de países como o Brasil e grupos como o da União Europeia que pediam maior participação no órgão.

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O governo americano deixa o ICANN, mas quer garantir que a transição para substitutos preveja o modelo multissetorial – e não simplesmente a ocupação da sua posição por um novo país.

Segundo nota enviada pelo ICANN, “os Estados Unidos reconheceram a maturidade da ICANN para tornar-se uma organização multi-setorial eficaz e solicitaram que a ICANN convocasse à comunidade global para gerar o processo de transição da função de custódia e supervisão dos Estados Unidos para um mecanismo consensuado da comunidade global”.

O presidente da instituição convidou então “governos, setor privado, sociedade civil e outras organizações da internet” para se unir ao órgão na transição. Fadi Chehadé ainda afirmou que “todas as partes interessadas merecem ter uma voz na gestão e governança deste recurso global, como parceiros em pé de igualdade”.

Os acertos das decisões dos Estados Unidos e da Corporação serão debatidos durante a 49° Reunião Pública da ICANN, na Singapura, entre os dias 23 e 27 de março. O fato aumenta a pauta da reunião convocada pelo Brasil para debater governança da internet, a chamada NetMundial, que deve ocorrer em São Paulo no mês seguinte, entre os dias 23 e 24. Entre os tópicos do encontro internacional, estava previsto justamente maneiras de diminuir a influência americana sobre a gestão da internet em meio a denúncias de monitoramento online e a consequente abertura do ICANN a mais países.

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