PUBLICIDADE

Estádios da Copa terão rede Wi-Fi gratuita

Infraestrutura será compartilhada por todas as operadoras e visa evitar congestionamento nas redes 3G e 4G

Por Redação Link
Atualização:

Infraestrutura será compartilhada por todas as operadoras e visa evitar congestionamento nas redes 3G e 4G

Rodrigo Petry

* Publicado no caderno Economia & Negócios desta quinta-feira.

SÃO PAULO – Os doze estádios da Copa do Mundo vão contar com serviços de internet Wi-Fi grátis durante os jogos em 2014. A instalação dessa infraestrutura será compartilhada entre todas as operadoras de telefonia e ajudará a reduzir possíveis congestionamentos no tráfego de dados de 3G e 4G.

 

PUBLICIDADE

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter, no Facebook, no Google+ no Tumblr e no Instagram

“Entre 30% e 40% do tráfego de dados deverá ser acessado via Wi-Fi nos jogos”, disse ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Eduardo Levy, representante das teles e diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil).

Segundo ele, parte do congestionamento de dados nos jogos da Copa das Confederações, evento teste da Copa do Mundo, ocorreu antes do início das partidas e após seu encerramento.

Publicidade

“Estes são momentos naturais de pico, quando as pessoas mandam fotos ou mensagens de texto”, afirmou Levy. O dirigente justificou, porém, que o pouco tempo para instalação dos equipamentos nos estádios prejudicou a situação. “Foi um desafio e tanto fazer toda a instalação de telecom em estádios como no Maracanã em 47 dias”, afirmou.

Nos seis estádios da Copa da Confederações foram instaladas mais de 700 pequenas antenas, que demandariam um tempo mínimo de 120 dias para a realização de todos os ajustes necessários, como o posicionamento dos equipamentos, cálculo de potência das frequências e redução da interferência pela sobreposição de sinais. “Em situações de alta concentração de pessoas, sempre existe um limite físico de banda disponível, que poderá ser solucionado pelo Wi-Fi”, disse.

Na média, o nível de chamadas de voz não completadas durante os jogos da Copa das Confederações ficou dentro de um nível aceitável pelos parâmetros internacionais, de até 2%. O problema, porém, ocorreu na final entre Brasil e Espanha, no Maracanã, no último domingo, quando a média de chamadas não completadas ficou entre 4% a 5%, afirmou Levy. Apenas nesta partida foram completadas 162 mil ligações, com picos entre as 17 horas e as 18 horas, antes do início do jogo.

Segundo ele, um relatório está em elaboração com a análise das causas das falhas das ligações, com base na avaliação do desempenho do tráfego de cada antena, que deve ser finalizado em 15 dias. Levy afirmou, porém, que para os demais estádios será preciso iniciar a instalação da infraestrutura de telecomunicações com mais antecedência. “Apesar de as negociações começarem em agosto do ano passado, tivemos apenas um terço do tempo prometido para a instalação da estrutura”, disse.

CONTiNUA APÓS PUBLICIDADE

Os investimentos das operadoras na instalação da cobertura indoor de voz, 3G e 4G nos doze estádios da Copa somará R$ 200 milhões. Já para a construção das redes de Wi-Fi, que serão oferecidas nos estádios apenas no ano que vem, os gastos deverão ser inferiores a R$ 100 milhões, estimou Levy.

Balanço. O número de ligações durante os jogos da Copa das Confederações foram estimados em 1,7 milhão, com uma média de 2,2 minutos por chamada. Já as comunicações de dados 3G ou 4G, por envio de e-mail ou mensagem, somaram 4,6 milhões, com um tamanho médio de 0,5 MB.

Do total do tráfego de dados, 650 mil foram realizados por meio da rede de 4G. Apenas na final da competição, cerca de 88 mil comunicações foram via 4G, cerca de 18% do volume trafegado no 3G. O baixo uso do 4G ajudou para que a experiência de uso desta tecnologia tenha operado com folga durante o evento. “O problema é que em 2014 muitos usuários do 3G terão migrado para o 4G, mas parte deste tráfego poderá ser atendido pelo Wi-Fi”, disse.

Publicidade

Vídeo. O presidente da Telebras, Caio Bonilha, disse ontem que o novo Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) precisa atender a demanda dos consumidores por serviços de vídeo. “Hoje assistimos tudo por meio do vídeo e temos uma formatação de PNBL que não atende ao usuário”, afirmou o executivo em evento do setor.

O executivo, porém, evitou dar prazos para o lançamento do novo plano, que vem sendo chamado de PNBL 2.0. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, já havia projetado a formatação deste plano para meados deste ano, visando ser colocado em prática em 2014. A intenção do governo é levar internet a 90% dos lares do País.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.