Empresa chamada de ‘Spotify dos livros’ vai concorrer com gigantes, como Amazon e Barnes&Noble
Os usuários podem ler livros de graça desde que aceitem visualizar anúncios nas margens das páginas. Ou, pagando uma mensalidade, podem visualizar as obras sem os comerciais. O serviço foi lançado na última quinta-feira, 30, e está disponível para computadores e aparelhos móveis. “A vantagem para usuários é poder ler de graça, vendo pouca publicidade”, disse Aitor Grandes, presidente da 24symbols.
A empresa espera atrair 8,5% do total de usuários para o serviço ‘premium’. Grandes diz que o serviço pode ajudar na luta contra a pirataria, que tem atormentado as indústrias da musical, editorial e televisão, pois o conteúdo fica disponível nos servidores em vez de serem baixados para os HDs. “Se você oferecer uma ferramenta fácil de usar e cobrar preços baixos as pessoas não vão perder tempo pirateando. Tempo é dinheiro”, afirma Grandes.
A 24symbols vai ser um pequeno player tentando tomar o espaço de gigantes como a Amazon e seu eReader Kindle; a Barnes & Noble e os demais serviços de leitura disponíveis para iPad. Além disso, o Google também está trabalhando em um projeto nesta área.
Aitor Grandes, porém, diz que a 24symbols se difere dos demais competidores porque seu modelo permite o acesso de quem não pode pagar e também pela sua integração com as redes sociais.
O “Spotify dos livros” informa que irá distribuir 70% dos lucros para as editoras, que poderão ver quantos de seus livros são compartilhados e recomendados através do site.
Atualmente estão disponíveis 1 mil títulos, quase todos clássicos de domínio público, traduzidos em espanhol, inglês, português e holandês. Grandes afirma que a meta é chegar a 30 mil títulos até o fim do ano.
24symbols ainda está aguardando aprovação da Apple para criar uma aplicação para iPad.
O presidente da empresa informa que já está em busca de financiamento para isso. “Para continuar tendo um produto de qualidade e ainda ser capaz de obter conteúdo internacional vamos precisar de outra rodada de injeção de recursos. Estamos olhando para o capital de risco da Europa e Estados Unidos”, diz.
/ Cristina Fuentes-Cantillana (Reuters)?