“Se (o nosso trabalho) foi afetado (pela internet), foi de maneira positiva. A web ajuda muito na divulgação e é um veículo de comunicação direto e democrático. Artistas novos e estabelecidos podem e devem se adequar a linguagem de comunicação e consumo de sua época”, pondera.
“Compartilhar o que é seu é direito de todos. A internet é apenas um veículo, pois em menos intensidade o vinil já virou um fita k7, que foi parar na mão de um amigo e por aí vai…”, observa.
E continua: “Pirataria é outra coisa. É você comercializar o que não lhe pertence. Quando deixa de ser apenas um modo de compartilhar arquivos, músicas etc. e vira um ‘business’ de pessoas alheias, os autores com certeza sofrem um dano moral e financeiro”.
“Mas ainda assim o CD pirata acaba levando o som da banda para aqueles que não têm condições de pagar o preço estabelecido para um disco e, definitivamente, quem compra CD pirata não são as mesmas pessoas que compartilham seus arquivos na internet”, conclui.
Esta entrevista é a sexta de uma série que o Link está publicando com alguns artistas e executivos das principais gravadoras sobre o presente e o futuro da música na era digital.
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