Na última eleição presidencial brasileira, o Facebook se transformou em uma arena de discussão política. Eleitores se digladiaram por seus candidatos, trocando ofensas em posts e até rompendo amizades na rede virtual por conta de divergências de opiniões. Mesmo passado o período eleitoral, a polarização continua marcando a rede social.
Inspirado por este ambiente tão propenso a debates e discussões, Sean Parker, um dos investidores e presidente fundador do Facebook, lançou na última quarta-feira, 17, um aplicativo reservado para discussões políticas. Chamado Brigade, é uma espécie de Twitter sobre política: o usuário encontra um fluxo de assuntos discutidos naquele momento, que pode ser um projeto de lei regional ou um tema mais abrangente.
A partir desse ponto, então, a pessoa aponta se concorda ou não com o tópico em questão. Assim, é possível analisar, depois de dar a própria opinião, o posicionamento de outros usuários e entrar num debate para discutir o tópico. ”Nós vimos Facebook e Instagram reunirem diversas pessoas, mas nenhuma dessas plataformas tem fornecido o contexto e um relacionamento sólido para as pessoas se engajarem politicamente”, explica James Windon,presidente da empresa respsonável pelo aplicativo, ao site Mashable.
É interessante notar que o Brigade pode se tornar, também, uma plataforma para políticos analisarem a popularidade e a aceitação de propostas.
O momento para a chegada do app é extremamente propício. A reforma política e o atual governo da presidente Dilma Rousseff, por exemplo, seguem rendendo trocas de ofensas nas redes. E isso só tende a aumentar no Brasil e fora: em breve, os brasileiros passarão pelas eleições municipais e os EUA irão eleger o novo presidente em 2016 — que já tem Donald Trump entre os candidatos.
O app já está disponível para iOS e Android, mas apenas pessoas convidadas podem entrar na rede. Em breve, porém, o Brigade deverá ficar disponível para todos usuários, além de ter o sistema incrementado com chat para uma discussão mais reservada.
