O primeiro dispositivo comercial capaz de detectar a posição de um objeto não-transparente sobre a tela é de 1983. E mesmo com as telas de caixa eletrônico e PDAs com canetinha stylus, a revolução do touchscreen só viria com o iPhone, em 2007.
São dois os motivos. Não há tela tão sensível ao toque como a do iPhone (isso foi comprovado por um teste feito com robôs pela Moto Labs, no mês passado). E não há maneira mais intuitiva e simples de navegar por uma página na web ou ver um álbum de fotos. Investindo pesado, a Apple conseguiria garantir uma série de patentes, que tornaram suas telas únicas. Dá pra dizer, sem exagero, que foram elas que nos acostumaram a lidar com os outros aparelhos daquele jeito, na ponta dos dedos.
Robot Touchscreen Analysis from MOTO Development Group on Vimeo.
O teste da Moto Labs…
Se antes as telas sensíveis ao toque eram luxo, agora elas estão em todos os dispositivos: celulares, câmeras digitais e computadores. Um estudo publicado pela Gartner na última semana constatou que, em 2015, 50% dos aparelhos adquiridos por usuários de até 15 anos serão touchscreen.
“A grande vantagem das telas de toque para as crianças é a manipulação direta de objetos na tela. É um jeito intuitivo de aprender. Antes de aprender a digitar ou a usar um mouse, elas já buscam a tela com os dedos”, esclarece a consultora Leslie Fiering, que conduziu a pesquisa.
Isso tudo só tende a se aprofundar na medida em que essas superfícies ficam mais elaboradas. Quando os botões se vão e as opções de uso são semelhantes àquelas que a gente usa na vida real, a interface se aproxima do usuário como nenhuma outra.
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Reportagem publicada no dia 12/04/2010 na versão impressa do caderno Link