A Anistia Internacional fez um pedido às autoridades egípcias para que suspendam o julgamento de um usuário do Facebook em um tribunal militar, que foi acusado de revelar segredos militares depois de publicar informação pública sobre o serviço militar do país.
O nome do grupo no Facebook, o Departamento de Recrutamento e Mobilização, é idêntico ao do órgão oficial encarregado do serviço militar no país, mas, segundo a Anistia Internacional, Bassyoni deixou claro que não se tratava de um portal oficial do governo.
“Parece que não estão julgando Ahmed Hassan Bassyouni somente por publicar informações livremente disponíveis e em domínio público e que se publica com frequência nos jornais locais. Se este for o caso, a Anistia Internacional o considera como prisioneiro de consciência — (que não cometeu crime)”, declarou o comunicado da organização que defende os direitos humanos.
Segundo a organização, “o julgamento demonstra as limitações impostas por autoridades egípcias a direitos como a liberdade de expressão e de acesso às informações”.
Ahmed Hassan Bassyoni foi detido em 30 de outubro depois de uma entrevista sobre seu grupo no Facebook a uma rádio egípcia.
Depois da entrevista, ele foi convocado outra vez ao estúdio de gravação onde oficiais do serviço de investigação militar estavam esperando para prendê-lo.
Bassyouni foi submetido a interrogatório e mantido sob custódia militar até que compareceu em 6 de novembro compareceu perante um fiscal militar.
Depois, Ahmed foi julgado pelo Tribunal Militar Al-Haram, cuja primeira sessão ocorreu em 20 de novembro.
/ EFE