Concorrência com novas redes atrapalha Twitter

Novatos como Snapchat oferecem obstáculos à empresa, que precisa usar melhor serviços como Vine e Periscope

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Por Bruno Capelas
Atualização:

J. Emilio Flores/The New York Times

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No ambiente dinâmico das redes sociais, dois anos podem mudar tudo: se em 2013 o Twitter se preocupava com o Facebook, hoje a popularidade da rede é ameaçada por novos serviços, que se tornam cada vez mais populares entre os usuários jovens, como o Snapchat, o Pinterest e o Tumblr – isso para não falar no Instagram, que viveu um boom após ser comprado pelo Facebook.

Além disso, a empresa tem enfrentado problemas para fazer seus serviços paralelos baseados em vídeo se tornarem rentáveis: o Vine, que permite a seus usuários postar filmes de até 6 segundos, e o Periscope, dedicado a transmissões ao vivo.

“O Twitter consegue criar uma rede que cativa o público jovem, mas não consegue fazer ela se consolidar e prosperar depois do hype inicial”, afirma o consultor de mídias sociais Alexandre Inagaki. Para ele, o Vine é um exemplo disso: personalidades da web como Lucas Rangel, que se tornou célebre por seus vídeos no Vine, começaram a migrar para outros serviços como o Snapchat. “O Twitter precisa trabalhar melhor o relacionamento com os influenciadores”, diz Inagaki.

O fato de o Twitter ser uma plataforma baseada só em texto, porém, pode torná-la menos suscetível ao impacto das novas redes. “O Medium e o Tumblr apareceram e cresceram nos últimos tempos, mas eles não são concorrência para o Twitter. Os textos publicados nessas plataformas são divulgados lá”, diz Edney Souza, consultor de mídias sociais.

Para Dan Olds, da Gabriel Consulting, o Twitter deve investir mais em uma boa integração entre seus serviços. “O Facebook fez um ótimo trabalho com o Instagram, ao integrá-lo sem tirar seu espaço. O Periscope pode ser um bom parceiro para o Twitter”, diz o analista. A saturação das mídias sociais, porém, pode ser o principal inimigo da rede no futuro. “Ninguém tem tanto tempo assim. Em breve, vamos chegar a um limite de uso das redes sociais.”

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