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Campus Party pode ter edição anual em PE

Diretor do evento afirma ao 'Link' que só restam acertos de agenda; encontro de tecnologia pode ocorrer em julho deste ano

Por Murilo Roncolato
Atualização:

Diretor do evento afirma ao ‘Link’ que só restam acertos de agenda; encontro de tecnologia pode ocorrer em julho deste ano

 

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SÃO PAULO – A Campus Party pode ter uma segunda edição anual fixa no Brasil. Além de São Paulo, que recebeu o evento pela quinta vez neste ano, Pernambuco também poderá abrigar a Campus a partir de julho deste ano.

Organizadores do evento se reunirão com o Governo do Estado de Pernambuco nesta sexta-feira, 2, para definir detalhes de calendário e bater o martelo quanto ao local que, provavelmente, deverá ser o Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, a 12 km do aeroporto internacional de Recife.

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O cofundador do evento, Paco Ragageles, iniciou uma campanha pela internet (que já conta com mais de 20 mil participantes) na expectativa de obter a reação do público quanto a uma edição regional em Pernambuco. Apesar de não haver nada confirmado ainda, a organização já anunciou até uma promoção oferecendo “uma viagem com tudo pago a #CpRecife1″ (apesar de o Centro de Convenções, que possivelmente abrigará o evento, ter endereço oficial em Olinda).

O Link conversou por telefone com o diretor do evento no Brasil, Mario Teza, que disse que o encontro “tem tudo para acontecer”, mas faltam ainda “detalhes determinantes para acertar com o governo”.

“O Governo do Estado tem total interesse, até por ter um pólo digital bastante atuante aqui. O movimento agora é de intenções: da Campus, do Governo e da principal patrocinadora”, disse por meio de assessoria a Casa Civil do Estado de Pernambuco. “Não está definido se vai acontecer por questões de infraestrutura. Vai se discutir a viabilidade, por conta da agenda do Centro de Convenções de Pernambuco, que é muito dinâmica.”

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Teza e Paco Ragageles chegam no Recife entre hoje e amanhã e devem visitar o Centro de Convenções para avaliar as possibilidades do espaço.

 

A ideia surgiu em novembro de 2011 a partir de uma confluência de interesses por parte de campuseiros (nome dado aos participantes do evento, que recebe cerca de 7 mil pessoas, sendo que dessas mais de 5 mil acampam no local) e do diretor da maior patrocinadora da CP, a Telefônica.

“O Antonio Valente provocou o Paco dizendo que poderíamos fazer uma edição no Nordeste. O [governador] Eduardo Campos, que já foi Ministro de Ciência e Tecnologia, já tinha interesse em fazer algo com a gente. Daí surgiu”, conta Teza, que revelou já existir um projeto de palestras e atividades para a edição de julho, o que deve tornar a edição viável, mesmo no pouco tempo para sua realização.

Além disso, o plano é de que a edição do Recife não seja esporádica, mas que entre no calendário internacional do evento. “Recife vai entrar no circuito mundial da Campus Party”, garantiu.

Recife pode tornar concreto a ideia de uma edição regional – além da nacional, que continuará ocorrendo normalmente em São Paulo. A Campus Party pode, a partir da realização do encontro em Pernambuco, retomar uma ideia antiga, que deu certo na Espanha e, em menor intensidade, na Colômbia, que são as edições itinerantes, apelidada de Campus Party Experience.

 

“Seria uma ‘degustação’ da Campus, que não seria pequena, mas não teria tanto gasto quanto a edição nacional”, explica Teza. “Temos convites de Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, do Estado do Pará, Maranhão, Goiás e Espírito Santo.”

Sobre Recife, Mario Teza disse que falta ainda definir “a configuração do evento”. Ele ponderou que existe a possibilidade de não ser idêntica à de São Paulo, mas tenha características próprias, lembrando que o padrão das edições no mundo é ter o Camping (onde os participantes acampam) e a Arena (onde acontecem as palestras e ficam as mesas, cadeiras e cabos de conexão); a Expo, a depender da dimensão do local, pode ser descartada.

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Sobre a duração, certamente será de uma semana, diz o diretor, “mas não uma ‘semana cheia’ como São Paulo, provavelmente de segunda a sábado só”.

“Deve ter alguns pontos próprios, a ideia é ter uma característica da Campus de lá. A única certeza é que iremos trabalhar muito em cima de inovação”, contou apontando Recife como uma cidade com “potencial” para receber o evento que esperar “deixar um legado de inovação” por onde passar. Citou ainda como pontos já existentes e atrativos para um encontro dessa espécie o Cesar (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife), e se animou ao apontar a cidade pernambucana como o maior pólo de desenvolvimento de aplicativos do País.

A reunião desta sexta-feira, 2, contará com a presença do secretário da Casa Civil do Estado de Pernambuco, Tadeu Alencar; o presidente da Telefônica no Brasil, Antonio Valente; o diretor geral da Futura Networks (organizadora do evento), Mario Teza e o espanhol Paco Ragageles.

“Sairemos de lá com um grupo de trabalho formado por Futura Networks, Telefônica, Sebrae, Governo, Prefeitura e Serpro – esse é o grupo que vai preparar a Campus do Recife”, adiantou Teza.

+ Veja a cobertura que o ‘Link’ fez da Campus Party 2012 de São Paulo

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